Teve clássico no Maracanã, com duas torcidas e provocação. Respira, futebol
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Fluminense e Vasco voltaram a disputar um clássico dividindo o Maracanã (placar final, vitória tricolor por 2 a 1). Nada de 90% para a torcida mandante e 10% para os visitantes. Como nos velhos tempos, como sempre foi no estádio carioca, como deve ser. Longe da abjeta torcida única, a "cara" do futebol de São Paulo.
Quando se tem apenas as cores de um time nas arquibancadas, se estabelece a intolerância. Que se espalha pelas ruas no dia de jogo. Em solo paulistano, mesmo que não vá à partida, jamais vista camisa rival em um raio de alguns quilômetros da cancha. É algo perigoso.
Entre os paulistas já existem gerações que nunca foram a clássico com duas torcidas. Nunca viram o adversário vibrar ou sofrer. Esse cenário desenvolve intolerância, que não existe no Rio. Ainda mais no sábado, com os vascaínos ocupando todo o norte do Maracanã.
Com os tricolores no lado sul, as duas camisas foram, mais uma vez, vistas lado a lado nos setores oeste e leste. Sem confusão. Mas em campo houve princípio de desentendimento após o Vasco abrir o placar. Na comemoração, Rayan fez um sinal para os rivais.
Com a mão, o atacante formou a letra "C", em óbvia referência à passagem do Fluminense pela terceira divisão. Pura provocação, claro. Antes da peleja, a tricolores exibiram os anos de rebaixamento do Vasco, em outra cutucada. E isso faz parte do futebol.
Tolerar a presença do adversário é importante, como também relevante é aceitar a ação do rival. E isso deve ser preservado. Na saída do gramado para o intervalo, o jovem Rayan manteve o que disse em entrevista. Lembrou que veio da base e isso sempre aconteceu.
Excelente, com personalidade, sustentando sua atitude. Que faça mais vezes e saiba enfrentar a provocação do outro lado, com tolerância, afinal, faz parte do futebol..
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