Se Bruno Henrique não provar inocência, punição deverá ser de outro patamar
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O suposto envolvimento de Bruno Henrique em ações com intuito de beneficiar apostadores é espantoso. Custa a crer, partindo da ideia de que são autênticos os diálogos vistos nos prints de WhatsApp divulgados pela Policia Federal.
Sim, suposto, porque ele tem direito à sua versão, embora as evidências façam defendê-lo parecer missão quase impossível. São diálogos mais do que comprometedores. Supera os limites do absurdo alguém tão bem remunerado se envolver nisso. E por tão pouco, proporcionalmente.
Sem falar no mais relevante e muitas vezes deixado à margem nas discussões sobre tais episódios: é desonesto forjar ou combinar ações com o objetivo de lucrar com apostas. Só isso bastaria para encerrar qualquer debate.
Seria até certo ponto compreensível se falássemos de jogador mal pago, de vida humilde. Eventualmente endividado e desesperado em meio a incontáveis problemas econômicos, inclusive. Evidentemente não é o caso.
Atletas que ganham pouco e passam por apertos financeiros são, claro, mais vulneráveis à tentação, embora o crime seja o mesmo. Há atenuantes em determinadas situações, como as que levam a atitudes desesperadas.
Mas quem figura entre os mais bem remunerados não tem pretexto algum. É uma situação ainda mais indefensável. Por que fazer isso? E, santa ingenuidade, as pessoas acham mesmo que ninguém descobre tais armações?!
A responsabilidade, agora, é de CBF e STJD. Se Bruno Henrique não provar inocência, a punição terá de ser exemplar. Para ele e qualquer um outro. E se ficar comprovado o seu envolvimento, terá sido uma tolice gigantesca, uma tolice de outro patamar.
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