Mauro Cezar Pereira

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OpiniãoEsporte

Na reeleição de Ednaldo na CBF, a eterna subserviência dos clubes

Por aclamação, Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. Seu novo mandato irá até 2030 e, para se manter no cargo, ele contou com apoio maciço.

O dirigente teve o apoio de nada menos que todas as federações estaduais na eleição para a presidência da entidade. Até aí nada surpreendente. Mas até mesmo os clubes, em sua totalidade, votaram no baiano.

Todos os integrantes das séries A e B do campeonato brasileiro têm direito a voto na eleição presidencial da CBF. Na eleição de Rogério Caboclo, em 2018, Athletico, Corinthians e Flamengo não votaram no candidato eleito.

Na ocasião, havia insatisfação, mesmo que tímida, com mudança feita em 2017. Na ocasião, as federações estaduais passaram a ter voto com peso três. Os clubes da primeira divisão peso dois, e os da segunda divisão, peso um.

Isso significa que, desde então, se as federações votarem em determinado candidato, nem mesmo a união de todos os 40 clubes das séries a e B do Campeonato Brasileiro em torno de um outro nome seria capaz de derrotá-las. Em suma, elas mandam.

Desta vez, os clubes simplesmente aderiram à candidatura única de Ednaldo. Nem mesmo uma pauta de reivindicações por melhorias no futebol brasileiro foi apresentada pelas agremiações antes do pleito. Seria uma maneira de pressionar a CBF para que faça mudanças necessárias.

Melhoria do calendário, Fair Play financeiro, competições para as divisões menores que permitam aos clubes de investimento inferior terem jogos ao longo do ano, evitando o desemprego maciço, etc. A pauta poderia ser extensa.

Não faltariam reivindicações. Mas os clubes simplesmente votaram no candidato, aceitando passivamente o papel de coadjuvantes no pleito cebeefiano. Nada é tão ruim que não possa piorar.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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