Gramados ruins são a muleta dos defensores do sintético
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Alemanha, França, Inglaterra, Itália, Espanha? As maiores ligas do mundo não têm jogos em piso sintético.
O futebol é praticado na grama. Até mesmo em países de clima frio e pouco sol, onde os campos eram ruins. Mas hoje são ótimos.
A Inglaterra é um exemplo. Os gramados enlameados sumiram, agora lá se joga em tapetes. Mesmo com frio, chuva e menos luz solar.
Nenhum país relevante no futebol tem campos artificiais como o Brasil. E eles já não são poucos, somam seis em quatro estados.
O argumento dos defensores desses pisos, em geral torcedores dos clubes que o adotam, é pueril. Alegam que devem existir porque há gramados naturais em más condições.
Como assim? Então se a comida restaurante é péssima, devemos nos contentar com a ruim? Por que não chamar alguém capaz de preparar algo mais saboroso, nutritivo, saudável?
Será receio de perder uma vantagem esportiva gerada pela adaptação dos jogadores? Ou pela preservação do modelo futebol + shows? Talvez um pouco de tudo.
Por que a Fifa chancela os campos sintéticos e não faz a Copa do Mundo neles? Por que a CBF tolera pisos artificiais e até eles não leva a sua seleção para jogar? Curioso, não?
Não é absurdo defender os campos com plástico, cortiça e raspa de coco. Todos têm o direito. Mas tentar brecar o debate, especialmente quando parte dos jogadores? Aí não.
Ainda mais com a defesa do campo sintético devido à existência de gramados ruins. Algo raso e claramente pautado pela absoluta falta de argumentos consistentes.
Nos Estados Unidos há discussões sobre o tema envolvendo a NFL. Sim, eles debatem o assunto. Na Holanda os pisos artificiais estão sendo banidos. Na Argentina, aqui perto, eles não existem nas principais divisões.
Defender os campos artificiais sob a alegação de que há gramados naturais ruins me faz lembrar a frase irônica de um velho amigo, utilizada sempre que alguém tentava tapar o sol com a peneira: "Tá uma merda. Mas tá bom".
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