Mauro Cezar Pereira

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OpiniãoEsporte

Flamengo tem dívida eterna com os Garotos do Ninho, mortos há 6 anos

No clássico contra o Fluminense, o Flamengo vai homenagear os dez meninos mortos no incêndio do Centro de Treinamentos em 8 de fevereiro de 2019. O time entrará em campo com um patch na camisa. Nele a inscrição "Nossos 10!"

Para o período da manhã, um culto ecumênico acontecerá no Ninho do Urubu, evento restrito aos funcionários, diretoria e familiares que desejarem estar presentes. Obviamente nem todos se sentem em condições de voltar ao local da tragédia.

Até hoje ninguém foi responsabilizado por algo tão devastador. Que a nova gestão do clube tenha real sensibilidade e dedique mais atenção aos pais, mães, irmãos e demais parentes dos garotos que morreram em circunstâncias inaceitáveis.

Por que Athila Paixão estaria com 20 anos. Mesma idade que teriam Arthur Vinícius de Barros Silva Freitas, Bernardo Pisetta, Gedson Santos, Pablo Henrique da Silva Matos. Christian Esmério deveria ter, 21, assim como Jorge Eduardo Santos, Samuel Thomas Rosa e Vitor Isaías. Já Rykelmo de Souza Vianna hoje seria um rapaz de 22 anos.

Agora que, bem ou mal, todas as famílias chegaram a um acordo para as respectivas indenizações, tudo que o Flamengo não pode fazer é esquecer os garotos, ignorar seus familiares. É, sim, obrigação moral estar ao lado deles, disponível, atento.

Por que o clube tem uma dívida eterna com eles. Uma dívida que não é financeira e jamais será paga.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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