Mauro Cezar Pereira

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OpiniãoEsporte

Ninguém é obrigado a ser fã de Neymar

Neymar está de volta. Reestreou pelo Santos no empate de 1 a 1 com o Botafogo de Ribeirão Preto, na Vila Belmiro. Mas se você disser que a atuação dele foi discreta, muita gente não vai gostar. São os conhecidos "Neymarzetes".

Para retornar ao clube que o revelou, Neymar rescindiu seu contrato. Ele tinha compromisso com o Al-Hilal. Mas se você disser que fracassou no futebol saudita, alguém colocará a responsabilidade em terceiros. No técnico, talvez.

Nos últimos 479 dias, Neymar participou de três pelejas. Em todas elas entrou no segundo tempo, sem brilho. Mas se você lembrar que só entrou em sete jogos no time dirigido por Jorge Jesus? Alguém minimizará, claro.

Neymar costuma se cercar por parças, influencers e certos políticos. Nunca diz nada relevante. Rigorosamente nada. Mas se você revelar que o vê como alguém desinteressante quando não está jogando, fãs reagirão, indignados.

Neymar é dos mais talentosos jogadores de futebol que surgiram em décadas. Discutir seu talento seria tolice. Mas desde o título europeu com o Barcelona, há quase 10 anos, joga cada vez menos. Bem menos do que poderia.

Neymar jamais chama a atenção por protagonizar algo relevante quando não consegue se destacar em campo. Mas fãs incondicionais não toleram críticas a ele. Ou menos ainda, que alguém o considere inexpressivo longe da bola.

Neymar é o maior desperdício de talento surgido no futebol mundial em décadas. E cada vez resta menos tempo para ele. Mas "Neymarzetes" não entendem dessa forma, pelo contrário. E essa falta de espírito crítico que o cerca nunca o ajudou.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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