Mauro Cezar Pereira

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OpiniãoEsporte

A cada jogo do Flamengo, Filipe Luís mostra que Tite ficou para trás

Está evidente que Tite ficou para trás. O considerei, por anos, o melhor técnico brasileiro (e era), mas o futebol mudou desde 2019. Ele não, da maneira de se comunicar à visão que mantém sobre o jogo, passando pela forma como se veste.

Agora, a cada partida a diferença de trabalho entre Tite e Filipe Luís é estarrecedora. Ainda mais pelo fato de o jovem treinador rubro-negro ser um iniciante, um estupendo calouro até aqui, mas ainda um novato na função.

Todavia, isso não significa que o trabalho de Tite tenha sido de todo mau. Teve seus bons momentos e péssimo mesmo foi na Libertadores, não apenas na eliminação diante do Peñarol sem conseguir marcar.

Contudo, o vício de parte da torcida do Flamengo, que responsabiliza somente os técnicos pelos insucessos, é um velho e enorme perigo. A escolha de um único alvo preserva grandes responsáveis por fracassos, de cartolas a jogadores.

Tite tem significava parcela de culpa pelo fiasco na Libertadores e por, com outros personagens, tratar o campeonato como secundário. Isso quando o Flamengo era líder com um jogo a menos. Que absurdo!

Ele só foi mesmo bem na Copa do Brasil, que era a real prioridade dos dirigentes entre os certames nacionais. Deixou a equipe na semifinal após eliminar Palmeiras e Bahia. Com boas atuações em diferentes cenários. O time realmente competiu.

Mas as expectativas quanto ao trabalho de Tite eram muito maiores do que aquilo que apresentou. Chegou com o sarrafo lá no alto, mas não estávamos mais em 2015, o técnico, de certa forma, sim; e isso está mais claro agora.

Nesse momento, o próprio Filipe Luis joga para cima a esperança do torcedor. O que se imagina que fará em 2025 não é pouco. Mas quando atravessar uma turbulência, virão as críticas exageradas até de quem, agora, o exalta.

O tempo vai mostrar o potencial do jovem técnico, que parece ser mesmo grande. Tomara! Precisamos disso no futebol praticado no Brasil. Mas ele vai precisar de uma diretoria que o blinde durante as tempestades. A ver.

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