Mauro Cezar Pereira

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ReportagemEsporte

Gramado do Palmeiras já não tem conserto: só trocando, afirma especialista

Os problemas apresentados pelo gramado do Allianz Parque não têm solução. Fazer a manutenção está fora de questão, é necessária a substituição do piso, afirma Breno Couto, profissional especializado em gramados, que trabalha nos Estados Unidos e faz consultoria no Brasil.

Ele afirmou ao canal Mundo na Bola, no YouTube, que a troca é obrigatória (veja o trecho abaixo e a seguir o vídeo na íntegra). Couto enfatizou que o custo desse tipo de piso é 40% mais barato, mas pela necessidade de troca após alguns anos, fica mais caro.

Em sua nota a respeito, o Palmeiras joga a responsabilidade para a Real Arenas (W. Torre) e cita a necessidade de "manutenção adequada". O especialista frisa que ela existe, mas no caso específico não adianta mais, pois o composto termoplástico que fica no solo derreteu, formando o material pastoso que gruda nas chuteiras.

O Allianz Parque foi inaugurado há pouco mais de nove anos. Erguido no local onde por décadas existiu o estádio Palestra Itália e, na prática, pertence ao Palmeiras e à construtora W. Torre.

Portanto, o clube é um dos proprietários daquele espaço. E para fins esportivos, queixas sobre o gramado partindo de atletas, adversários, árbitros etc são dirigidos ao Palmeiras.

A W. Torre não disputa o campeonato paulista, não é filiada à federação de futebol de São Paulo. Divergências entre os coproprietários não interessam a quem lá vai jogar. Portanto, o problema é do clube.

Da mesma forma que Flamengo e Fluminense são criticados por gerirem o Maracanã e não conseguirem oferecer um gramado (natural) de boa qualidade. Não é o governo do Rio de Janeiro, que lhes dá a concessão, a responder na CBF ou federação local.

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Em sua nota o clube assegura que o gramado artificial não é um problema. Com base em que tal afirmação? Seria importante apresentar laudos técnicos de credibilidade para defender a tese, como argumenta Fabrício Chicca, do canal Mundo na Bola, no vídeo acima.

Fato é que tal tipo de piso não é aceito nos principais campeonatos de futebol, a Fifa nunca o adotou na Copa do Mundo e está sendo banido na Holanda. Além disso, há uma discussão nos Estados Unidos sobre sua proibição na NFL, a liga de futebol americano.

Talvez a solução correta seja a substituição, mas por um gramado natural. Com a palavra os especialistas e quem trabalha no campo, seja de grama sintética ou natual. Corre, joga, acerta, erra, faz defesas, gols, e eventualmente se lesiona, os atletas.

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