Topo

Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Atlético de Simeone sai da Champions provando seu velho veneno

Diego Simeone chama Renan Lodi durante jogo entre Atlético de Madri e Manchester City na Liga dos Campeões - Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images
Diego Simeone chama Renan Lodi durante jogo entre Atlético de Madri e Manchester City na Liga dos Campeões Imagem: Jose Breton/Pics Action/NurPhoto via Getty Images

13/04/2022 18h48

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Durante o confronto de quatro tempos de 45 minutos, metade na Inglaterra e outra metade na Espanha, o Atlético de Madrid só real, verdadeiramente teve iniciativa na busca pelo gol na parte final. Isso depois de entrar em campo na segunda metade do duelo em desvantagem, ao perder em Manchester por 1 a 0 para o City.

Não, o time espanhol não é, há tempos, um pobrezinho. Ergueu seu novo estádio de R$ 1 bilhão, tem jogadores caros, como João Félix, contratado ao Benfica por 120 milhões de euros, conta com jogadores de seleção, como o argentino De Paulo, o francês Griezmann, o uruguaio Luís Suárez e o brasileiro Matheus Cunha, os dois últimos na reserva.

O clube passou por muitas transformações desde que Diego Simeone assumiu o comando da equipe no final de 2011. Cresceu, mudou, tem torcida, bons e ótimos atletas, mas algo não muda: a maneira como joga diante de adversários mais pesados, negando espaços, causando desconforto para tentar feri-lo em momento específico.

O argentino segue como ícone de um modelo peculiar, que ainda leva a conquistas, como o último campeonato espanhol, nem sempre atuando de tal maneira em certames como os pontos corridos. Mas diante de um adversário poderosos como o Manchester City, é muito ortodoxo.

A devoção do torcedor colchonero pelo treinador argentino é justa, pode ser traduzida como gratidão, mas o fato é que o time novamente acabou sendo eliminado antes do sonho do título europeu. Poderia jogar mais? Sim, claro. Mas se o próprio Atlético se satisfaz com isso...

Fato é que montar um time que jogue com a bola, atacando, agredindo, buscando o gol é muito mais difícil. O que Pep Guardiola faz no Manchester City tem maior complexidade do que as estratégias de Simeone, que o catalão adotou para eliminar o mestre desse estilo de futebol.

Siga Mauro Cezar no Twitter

Siga Mauro Cezar no Instagram

Siga Mauro Cezar no Facebook

Inscreva-se no Canal Mauro Cezar no YouTube