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Mauro Cezar Pereira

REPORTAGEM

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CBF não veta jogador sem vacina. De qualquer forma, Lodi não poderia jogar

Renan Lodi ficou fora da convocação - Lucas Figueiredo / CBF
Renan Lodi ficou fora da convocação Imagem: Lucas Figueiredo / CBF

14/01/2022 10h45

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Renan Lodi não foi convocado para servir à seleção brasileira nos próximos compromissos pelas eliminatórias da Copa do Mundo. No entanto, isso não significa que a CBF elimine incondicionalmente jogadores sem o ciclo completo de vacinação contra a Covid-19 (duas doses).

O blog entrou em contato com a entidade para compreender a postura dos integrantes do selecionado. Ela confirmou que a não convocação se definiu na raiz, pois o lateral não poderia ser utilizado, como deixou transparecer, sem ser enfático, o auxiliar técnico César Sampaio.

O departamento médico cebeefiano informou à comissão técnica que o jogador do Atlético de Madrid não tinha tomado a segunda dose da vacina. Sem ela não poderia entrar no Equador, onde os brasileiros atuarão. E em território nacional teria que cumprir quarentena.

Antes bastava o PCR negativo, ou seja, modificações na regulamentação da entrada (de brasileiros, inclusive) no país inviabilizariam o aproveitamento de Renan Lodi. Mas não existe por parte da CBF uma decisão na linha de não chamar, incondicionalmente, atletas não vacinados ou sem o ciclo completo. A postura da Confederação é de respeito às regras sanitárias vigentes em cada país onde o time jogue.

Para ficar mais claro: se um teste PCR negativo ainda fosse o bastante para que entrasse no Brasil e no Equador e pudesse treinar e jogar normalmente, Lodi poderia ser chamado, exceto se Tite, optasse por não convocar pela falta de vacinação. Mas seria um decisão do treinador, não da entidade.

O atleta está na Arábia Saudita defendendo seu clube na Supercopa da Espanha. Segundo a agência Reuters, o governo local eliminou a exigência de que visitantes sejam totalmente vacinados para que os jogadores dos times espanhóis pudessem atuar. Mas a vacinação completa é obrigatória para entrar no reino, de acordo com o site do governo.

Três fontes próximas ao tema disseram à Reuters que as exceções foram definidas depois que a Federação Espanhola de Futebol negociou com as autoridades locais. Assim, foi permitido que todos os jogadores e funcionários do Real Madrid, Barcelona, Athletic Bilbao e Atlético de Madrid viajassem e os atletas joguem o certame. A notícia foi confirmada posteriormente pela Federação Espanhola de Futebol.

Uma fonte próxima a Renan Lodi disse à Reuters que há poucos dias ele tomou a primeira dose da vacina e está programado para tomar a segunda em 31 de janeiro, mas não havia sido vacinado anteriormente por ter contraído a doença em abril de 2020. Até agosto de 2021 na Espanha a pessoa tinha que esperar seis meses para ser vacinada se pegasse Covid. O lateral anda tem cerca de um mês para a segunda dose.

Já a Federação Espanhola não comentou a situação do atleta, tampouco informou se alguém ligado ao certame não estava totalmente vacinado quando entrou na Arábia Saudita. A Supercopa da Espanha foi transferida para o país até 2029, e renderá 30 milhões de euros por ano.

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