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Mauro Cezar Pereira

REPORTAGEM

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Fla: CEO minimiza crise no esporte olímpico. 'Não há conflito irreversível'

Guilherme Kroll, entre atletas como Flávia Saraiva e Rebeca Andrade durante entrevista coletiva no Flamengo - Reprodução/YouTube
Guilherme Kroll, entre atletas como Flávia Saraiva e Rebeca Andrade durante entrevista coletiva no Flamengo Imagem: Reprodução/YouTube

13/01/2022 18h43

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Há dias é grande a repercussão ante a possibilidade de demissão do Diretor Executivo de Esportes Olímpicos do Flamengo, Marcelo Vido. O ex-jogador de basquete faz trabalho classificado como excelente em caráter praticamente unânime, mas tem em Guilherme Kroll, vice-presidente de Esportes Olímpicos, um oponente.

A discordância entre os dois poderia resultar na saída do profissional. Mas em contato com o blog, o CEO do clube, Reinaldo Belotti, afirmou que não há "conflito irreversível", tampouco um qualquer decisão tomada. "O Flamengo tem gestão compartilhada com CEO e os vice-presidentes nas tomadas de decisões. Isso tomou uma proporção indevida", assegurou.

Como Vido, Belotti é um profissional contratado pelo clube, ao contrário de Kroll, que ocupa um cargo político. Ele faz parte de um grupo que apoiou o presidente Rodolfo Landim e acabou sendo brindado com uma vice-presidência. Antes, criticou publicamente (vídeo abaixo) a política de austeridade que recolocou o clube nos trilhos, capacitando-o para montar fortes equipes não apenas no futebol.

"Quanto ao Vido, isso independe de minha posição, basta ver os números que conseguiu, o destaque que já teve. Isso não é questão de opinião, são fatos consumados", elogia o CEO. Belotti diz que "o problema não é tão grave como parece e tudo pode seguir normalmente", com a permanência de ambos em suas atuais posições.

A eventual saída do Diretor Executivo de Esportes Olímpicos seria uma enorme contradição, algo que causaria desconforto para quem defende uma gestão profissional. Caberá a Landim tomar uma decisão, seja optando por um dos lados ou contendo seu irrequieto VP para que Vido siga seu trabalho sem ser importunado por Kroll.

O dirigente, por sinal, não foi dos mais brilhantes em experiências anteriores no esporte, inclusive atuando profissionalmente. Ele era dirigente do Macaé em 2018, quando o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) puniu o clube com a perda de 26 pontos e multa de R$ 15 mil por escalar um atleta estava em situação irregular.

Kroll foi candidato ao cargo que hoje ocupa na chapa encabeçada por Cacau Cotta na eleição de 2015, quando Wallim Vasconcellos era o candidato do grupo composto por Landim e BAP, entre outros. O pleito resultou na reeleição de Eduardo Bandeira de Mello. Em 2018, apoiou Marcelo Vargas, assim como Leonardo Ribeiro, o "Capitão Leo", ex-presidente da Torcida Jovem e do Conselho Fiscal nas gestões de Márcio Braga e Patrícia Amorim.

A ex-presidente, por sinal, foi muito elogiada por Kroll em campanhas políticas anteriores - clique aqui e veja. Como Cacau Cotta, ele ingressou na diretoria de Landim após os acordos políticos costurados pela chapa do mandatário. Veja acima o atual VP quando criticava, anos antes, o trabalho desenvolvido no basquete, enquanto rasgava elogios a Patrícia.

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