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Renê, do Flamengo, estuda ir à justiça contra a xenofobia em redes sociais
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Em meio à derrota para o Fluminense (3 a 1), sábado, no Maracanã, o lateral-esquerdo Renê, do Flamengo, era alvo de ataques xenófobos feitos por torcedores em redes sociais. Não foi algo inédito, pelo contrário. O jogador estuda a possibilidade de ir à justiça.
Por intermédio de sua assessoria de imprensa, o atleta respondeu ao blog que "lamenta profundamente saber que ainda existam 'pessoas' promovendo esse tipo de atitude e pensamento amparadas pelo anonimato da internet". Ele analisa os últimos acontecimentos e não descarta tomar medidas no futuro, caso a situação venha se repetir ou se agravar.
"Essa é uma violação dos direitos do Renê, depende da vontade dele de agir judicialmente. Assim como colaboramos com outros atletas que precisaram de suporte, estamos aqui para ajudar no que ele quiser. A dificuldade nesses crimes de ódio é identificar o ofensor. Os jogadores sabem que podem contar com a gente", disse ao blog o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches.
Não foi a primeira vez que Renê sofreu com ataques do gênero. Depois da derrota para o Emelec, em 2019, na Copa Libertadores, o jogador nascido no Piauí foi chamado de "paraíba" em redes sociais. Sua atuação no Fla-Flu foi o estopim para que novos ataques covardes acontecessem no sábado.
A lei nº 9.459 classifica xenofobia como crime. A pena de reclusão vai de um a três anos. Em outras ocasiões, a mulher do jogador se manifestou contra reações xenófobas direcionadas a Renê. O lateral-esquerdo chegou ao Flamengo em 2017, contratado ao Sport. Natural da cidade de Picos (PI), ele já fez 196 jogos pelo clube carioca e marcou seis gols.
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