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Mesmo sob absurda pressão, Flamengo mantém Ceni: dinheiro pesa na decisão
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Pouco antes da meia-noite de quarta-feira, o Flamengo embarcou em Belo Horizonte rumo ao Rio de Janeiro, carregando na bagagem a terceira derrota nos quatro últimos jogos pelo Campeonato Brasileiro. Os 2 a 1 impostos pelo Atlético ampliaram as queixas de torcedores contra o técnico Rogério Ceni nas redes sociais, mas ele seguirá no cargo, mesmo com gigantesca pressão.
Os motivos da diretoria para não ceder às pressões de fora passam pelo aspecto financeiro, nem tanto por terem de indenizar a atual comissão técnica em caso de demissão, mas também pela dificuldade que teriam em encontrar um substituto. E mais: quanto custaria esse novo técnico? Preferido de parte da torcida rubro-negra, Renato Gaúcho Portaluppi era um dos mais bem pagos do país até deixar o Grêmio, no começo de 2021.
Desgastado, Ceni sabia que os 10 jogos sem os jogadores de seleção, além da venda de Gerson, pesariam. Por isso pediu contratações e ainda perdeu Diego, lesionado. Mas as finanças com cinto apertado sinalizam mais por partidas do que chegadas. Por isso o paraguaio Pires da Motta foi solicitado, mesmo sem férias, após voltar da Copa América.
Se a diretoria mantém o treinador, fica a pergunta: por que não se manifesta e explica, publicamente, à torcida, que o clube tem dificuldades para contratar e dinheiro curto? O silêncio dos dirigentes soa como falta de respaldo, o que, sem resultados e vivendo crise de fora para dentro, torna o trabalho mais do que difícil e uma reação algo como a "missão impossível".
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