"Cucabol 2.0" atropela outro gigante e leva Santos à final da Libertadores
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Em 2016 Cuca ganhou o campeonato brasileiro com o Palmeiras. O time era competitivo, defesa firme, jogo forçado em cima de Gabriel Jesus e muitos laterais arremessados na área. Batizei o estilo de "Cucabol".
Muita gente não gostou. Bobagem. Era apenas a identificação de uma forma de atuar, alguns podem adorar, outros não, mas a obviedade tem que ser repetida: existem muitas maneiras de se jogar futebol. E vencer.
Após uma vitória sofrida sobre o Coritiba, em São Paulo, Cuca foi perguntado na coletiva sobre a expressão "Cucabol", que pegou, pautou debates na imprensa e foi distorcida. Por muitos, jornalistas inclusive.
Na ocasião escrevi a respeito, "Cucabol" não era somente o lateral na área, talvez a jogada que simbolizasse o estilo, mas se limitava a isso. Antes, vimos Cuca montar times diferentes, o mais emblemático deles, o Botafogo de 2007.
Ficava a sensação de estarmos diante de um treinador que apresentara mais vocação para um repertório diferente e abraçara o pragmatismo. Ele saiu do Palmeiras, voltou, foi para o Santos e, em 2018, já deu sinais de mudança.
Não deu certo no São Paulo, mas na volta à Vila Belmiro, mostrou algo bem diferente do time campeão nacional quatro anos antes. O Santos que vai decidir a Copa Libertadores após trucidar o Boca Juniors não atua no estilo da equipe palmeirense de 2016.
O Santos 2020/2021 joga um futebol veloz, agressivo, que prioriza o talento, se defende bem, cresce contra adversários grandes (vide o Grêmio nas quartas) e surpreende. O técnico se reinventou? Ou teria saído em busca de novas referências? Pouco importa.
É "Cucabol 2.0". Parabéns!
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