Destemidos, jogadores do Palmeiras querem encarar Flamengo e coronavírus
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O discurso de prioridade à saúde foi adotado pelos clubes paulistas, então unidos, em meio à paralisação do futebol provocada pela pandemia do novo coronavírus. Mas na prática, não é exatamente assim.
Na terça-feira, quando o Flamengo sinalizou que pretendia o adiamento do jogo contra o Palmeiras, marcado para domingo, devido à infeção de vários atletas, o presidente alviverde reagiu. E foi rápido (abaixo).
Minha opinião: independentemente dos atos e atitudes dos dirigentes rubro-negros em relação ao futebol em tempos de Covid-19, é tolice associar a onda de infectados à postura dos dirigentes. Uma coisa não levou à outra.
Mais: acredito que, se o jogo tiver que acontecer, por mais que seja desaconselhável, cabe ao clube carioca levar a campo o time possível, afinal, concordou em participar do certame nessas circunstâncias. Que se vire!
Mas é óbvio que analisando o aspecto segurança, saúde, o jogo deveria ser adiado. Para que o novo coronavírus não se espalhe no gramado artificial do Allianz Parque entre mais jogadores do Flamengo e os do Palmeiras. É algo muito claro, evidente. Contudo, aspectos sanitários não parecem prioritários.
Mas o debate segue uma inesperada direção quando sindicato dos atletas se manifesta contra a disputa do jogo e promete ir à justiça pelo adiamento. E o faz sem citar os jogadores do campeão paulista.
Eis que os próprios integrantes do elenco palmeirense divulgaram carta na qual deixam claro: querem jogar com o Flamengo, ou o que sobrou dele. Mesmo com a possibilidade de alguns rubro-negros estarem infectados.
"Nós, atletas do Palmeiras, acabamos de receber a surpreendente notícia de que o Sindicato dos Atletas de SP teria publicado uma nota oficial em nosso nome, ameaçando a CBF com medidas judiciais para impedir a realização da partida do próximo domingo contra o Flamengo (...) Confiamos muito nos protocolos, bem como entendemos que a testagem prévia à partida garantirá a segurança necessária para sua realização sem maiores intercorrências. Portanto, não sentimos, de maneira alguma, qualquer ameaça à nossa saúde no contexto da mencionada partida (...)."
Vale repetir que o sindicato não se manifestou em nome dos jogadores do Palmeiras. Basta ler a nota. E a partir do momento em que os próprios jogadores de futebol querem participar dessa partida, o debate sobre o risco oferecido a eles começa a perder sentido. Pelo menos para um dos times envolvidos. Que a sorte esteja com os que forem a campo. Se forem.
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