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Mauro Cezar Pereira

Sol e calor não justificam jogo tão ruim vencido pelo São Paulo, vice-líder

Brenner comemora seu gol, o da vitória - Marcello Zambrana/AGIF
Brenner comemora seu gol, o da vitória Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

30/08/2020 13h48

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Óbvio que não se pode cobrar partidas de altíssima intensidade, disputadas como se os atletas estivessem, todos, na ponta dos cascos. É claro que não estão. Sim, parece evidente que as condições climáticas prejudicaram São Paulo e Corinthians. Os velhos rivais se enfrentaram entre às 11 horas da manhã e quase uma hora da tarde de domingo, com os termômetros, fora de campo, registrando cerca de 30 graus celsius.

Mas não se está cobrando futebol veloz, físico, disputadíssimo, com o duelo voraz de um grande jogo da Premier League, e sim que os times ao menos tentem algo, sonhem com a vitória, tenham maior ambição por ela. Neste clássico, os tricolores, um pouco mais interessados nos três pontos, foram premiados com um gol nos acréscimos em jogada criada por dois homens que saíram do banco no segundo tempo. Estavam mais inteiros!

Os corintianos, por sua vez, pareciam de conformados a satisfeitos com o 1 a 1 que se anunciava. Em tese não era um resultado desprezível, nada disso, mas abdicar da possibilidade de buscar o triunfo não é algo que se possa aceitar sem um debate, uma reflexão, seja sob calor com sol escaldante ou frio e chuva forte. Se a fase vivida pelo futebol é diferente devido à pandemia, há licenças especiais, concessões criadas especialmente para o momento.

Sim, os treinadores podem trocar até cinco jogadores em 90 minutos, metade dos homens de linha. E eles o fizeram. Isso significa que quase 46% dos atletas que iniciaram a peleja não estavam mais em campo quando do apito derradeiro. Em suma, tinha gente extenuada no gramado, e outros estavam mais inteiros. Entre eles Toró, que cruzou, e Brenner, que cabeceou para dar a vitória ao São Paulo por 2 a 1 aos 47 minutos do segundo tempo.

Após vencer o terceiro jogo seguido e acumular 10 pontos em 12 possíveis em seus quatro últimos compromissos, o time de Fernando Diniz chega à vice-liderança do Campeonato Brasileiro e seu treinador vive momento de paz. Tiago Nunes, no Corinthians, continua a dever, afinal, não foi para apresentar esse futebol que o contrataram, longe disso. E nem todos os jogos de sua equipe em 2020 foram disputados às 11 horas da manhã.

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