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Mauro Cezar Pereira

Corinthians e Palmeiras dispostos a fazer as pessoas desgostarem do futebol

05/08/2020 23h35

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Quem não conhecesse a história de Corinthians e Palmeiras, ligasse a TV e acompanhasse o jogo desta quarta-feira poderia pensar se tratar de dois clubes sem história e sem torcida, já que o futebol ainda não pode receber público. Dois gigantes do futebol brasileiro que voltaram a jogar futebol pequeno, de time pequeno, de quem entra para não perder, não para vencer.

No primeiro tempo o Palmeiras, por jogar fora de casa, repetiu a estratégia da etapa final diante da Ponte Preta, deu a bola para o adversário e atacou menos do que poderia. Foram duas finalizações do time de Vanderlei Luxemburgo antes do intervalo, nenhuma na direção da meta do Corinthians, que somou cinco arremates, quatro no alvo pelos números do SofaScore.

Jogo pobre, mais uma vez, com a velha estratégia em campo: quem joga fora não prioriza o ataque, quem atua em casa se vê obrigado a ir à frente, mas nem tanto. Mesmo que, sem público, a atmosfera seja outra e o mando de campo não pese tanto como em condições normais. Somente no início do segundo tempo os palmeirenses se propuseram a jogar no campo adversário, saindo um pouco mais.

Um jogo desses ser chamado de "decisão" chega a ser bizarro. Espetáculo pobre de dois times que, independentemente de estágio do trabalho, carências de elenco, má fase de um jogador ou outro, foram a campo pautados por uma postura pequena, praticamente sem ambição. E isso é reflexo de uma estratégia paupérrima.

Quem nunca viu um jogo de futebol na vida, se apresentado ao esporte na noite desta quarta-feira com o "espetáculo" de Itaquera certamente escolheria outra modalidade. Corinthians e Palmeiras dispostos a fazer as pessoas desgostarem do futebol.

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