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Mauro Cezar Pereira

Flamengo entra na "pilha" colombiana, joga mal, mas vence mesmo assim

Everton Ribeiro abre o placar para o Flamengo contra o Junior Barranquilla, pela Libertadores - REUTERS/Luisa Gonzalez
Everton Ribeiro abre o placar para o Flamengo contra o Junior Barranquilla, pela Libertadores Imagem: REUTERS/Luisa Gonzalez

05/03/2020 01h09

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O Flamengo estreou vencendo na Libertadores. Passou longe de exibir o futebol que é capaz, mas venceu, graças a momentos de seu ótimo jogo coletivo e à capacidade individual dos seus jogadores. Placar favorável e atuação muito aquém do que o time pode, e deve, apresentar.

O gol de Everton Ribeiro colocou o Flamengo em posição minimamente confortável em jogo obviamente desconfortável, contra o Junior, em Barranquilla. Foi a seis minutos de bola rolando, com uma irregularidade, o toque de mão de João Lucas na origem da jogada.

Partida pegada, com entradas fortes, cotovelada de (nada surpreendente) Téo Gutiérrez em Filipe Luís. Tudo isso ante uma arbitragem confusa e condescendente do venezuelano Alexis Herrera. Pior do que o apitador foi o próprio time rubro-negro, muito abaixo do que pode produzir.

Alguém poderá alegar que os desfalques pesaram para a equipe carioca. Mas convenhamos, quando se contrata tantos novos atletas, o objetivo é, obviamente, ter quem substitua os titulares lesionados ou suspensos, além de ampliar as opções do treinador.

E o time de Jorge Jesus foi mal, entrou na pilha em uma peleja nervosa e repleta de provocações. Caiu mais na metade do segundo tempo, quando a equipe colombiana encurralou o Flamengo em sua metade do campo. Pressionou ante um rival que deixava Gabigol à frente e marcava em frente à sua área para sustentar a vantagem.

Diego Alves fez excelentes defesas em arremates de Téo Gutiérrez no interior da área, uma em cada tempo. no segundo o atacante estava impedido, mas o auxiliar Tulio Moreno nada marcou. O Junior não é uma equipe das melhores, forçava mais na empolgação do que na organização.

Mas sobra qualidade no time rubro-negro, algo que transbordou no segundo gol, quando Gabigol, não mais isolado, acionou Michael (substituiu Arrascaeta aos 17 minutos da etapa final) aos 33, dele saiu o passe para Everton Ribeiro marcar novamente. Resultado melhor do que o desempenho.