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Marcel Rizzo

REPORTAGEM

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Copa do Qatar terá 26 convocados e 15 jogadores no banco à disposição

Tite orienta jogadores da seleção para amistoso contra a Coreia do Sul - Divulgação/Lucas Figueiredo/CBF
Tite orienta jogadores da seleção para amistoso contra a Coreia do Sul Imagem: Divulgação/Lucas Figueiredo/CBF

Colunista do UOL

01/06/2022 13h38

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A Ifab (International Board), órgão que regula o futebol, vai liberar o aumento no número de jogadores que podem ficar no banco de reservas. Isso vai servir para que os treinadores possam convocar 26 atletas para a Copa do Mundo do Qatar e todos possam estar disponíveis para as partidas — 11 em campo e 15 como suplentes. A Copa terá as cinco substituições, regra criada em meio à pandemia, mas que virou definitiva.

A reunião dos membros do Ifab que fará a mudança em parte da regra 3 do futebol, que trata sobre a elegibilidade de jogadores, será em 13 de junho, em Doha, no Qatar — o órgão conta com representantes da Fifa e de federações britânicas. A mudança, a princípio, valerá apenas para jogos de competições internacionais.

A quantidade de jogadores que podem ser convocados para um torneio da Fifa é definido no regulamento específico de cada competição — no caso da Copa do Qatar são 23, número de praxe nesses torneios. A federação internacional poderia aumentar para 26 no regulamento sem consultar a Ifab, mas esses três atletas extras não poderiam ficar no banco de reservas, o que obrigaria os treinadores a cortarem três dos convocados a cada partida.

Hoje a regra 3 diz que são no máximo 12 jogadores como suplentes no banco de reservas. O pedido dos treinadores para o aumento de 23 para 26 convocados para a Copa prevê que possam ter todos disponíveis para os jogos, ou seja, 11 começando como titulares e 15 como suplentes. Para isso é preciso mudar a regra do futebol e só a Ifab pode (e irá) fazer.

O aumento de convocados tem a pandemia e o calendário como explicações. A possibilidade de contaminação de jogadores por covid-19 durante o torneio faz, na visão das comissões técnicas, necessário ter mais opções para substitui-los, já que eles teriam que ser isolados do restante da delegação.

Mas a realização da Copa entre novembro e dezembro (para minimizar o calor do Oriente Médio), e não nos tradicionais meses de junho e julho, também foi usado como argumento. Como a temporada de clubes estará em andamento na maioria dos países, incluindo a elite europeia que cede mais jogadores à Copa, a liberação desses atletas às seleções só ocorrerá dia 14 de novembro, uma semana antes da abertura do torneio no dia 21.

Normalmente essa liberação ocorre três semanas antes, incluído período de descanso a esses profissionais de sete dias. Há portanto preocupação com lesões. A Copa também vai durar menos dias, 28 em vez de 32, com menos tempo de descanso entre as partidas. A Fifa deverá anunciar entre 13 e 14 de junho que as seleções poderão convocar os 26 jogadores — haverá mudança no regulamento específico do Mundial.