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Uruguai exige vacinação total de finalistas da Libertadores e Sul-Americana
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A direção da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) enviou ofício aos clubes brasileiros finalistas das Copas Libertadores e Sul-Americana informando que os profissionais das delegações só entrarão no Uruguai em novembro se estiverem completamente vacinados contra a covid-19, ou seja, com 14 dias da aplicação da segunda dose. É a determinação do governo uruguaio e não haverá exceção para jogadores, treinadores e cartolas, que nos últimos meses tiveram tratamento diferenciado para circulação entre os países do continente.
No dia 20 de novembro, um sábado, o Red Bull Bragantino enfrentará o Athletico-PR, pela decisão da Sul-Americana, e uma semana depois, dia 27, Flamengo e Palmeiras definirão o campeão da Libertadores. Entre esses confrontos, dia 21, ocorrerá a final da Libertadores feminina, e as equipes qualificadas também precisarão seguir as regras sanitárias. Os jogos do masculino serão no Estádio Centenário e o feminino no Parque Central, campo do Nacional.
Todas as vacinas aplicadas no Brasil são aceitas para a entrada no Uruguai, inclusive a Coronavac, que ainda não foi aprovada em algumas regiões. A Conmebol solicitou à CBF, e aos clubes, que enviem uma lista prévia dos profissionais que devem viajar ao Uruguai e a situação vacinal de todos.
Os clubes, por questão de privacidade, não divulgam se algum de seus jogadores se recusou a tomar a vacina. O Palmeiras, por exemplo, usou vacinas da Conmebol (Coronavac) para vacinar parte de seu elenco, com a primeira dose em Assunção, na sede da confederação, e a segunda já no Brasil usando da doação feita pela entidade ao governo brasileiro como agradecimento pela organização da Copa América, no meio do ano.
Alguns jogadores, como o flamenguista Everton Ribeiro, postaram em redes sociais em celebração quando se vacinaram. Em agosto, o Flamengo divulgou que havia vacinado alguns atletas que ainda precisavam do imunizante, por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações).
A Conmebol recebeu em abril doação de 50 mil doses da Coronavac do laboratório Sinovac. A ideia era vacinar as delegações das seleções que jogariam a Copa América, que originalmente seria na Argentina e na Colômbia, mas, por causa da pandemia, acabou sendo no Brasil, e também clubes que jogam os torneios continentais e que participam das divisões de elite dos países filiados.
Num primeiro momento, entretanto, as vacinas não puderam entrar no Brasil. Além de os lotes não terem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as regras do Brasil dizem que empresas privadas não podem comprar vacinas, e que se entrarem no país devem ir diretamente para o PNI. Em julho, a Conmebol fez um acordo com o Ministério da Saúde e doou 20 mil doses, 14,5 mil para o PNI e 5,5 mil para os entes do futebol.
Além do Palmeiras, o São Paulo, o Atlético-MG e o Atlético-GO também usaram as vacinas da Conmebol aplicando pelo menos a primeira dose em Assunção. Já outros clubes, como Inter, Grêmio, Fluminense e Corinthians, preferiram seguir a ordem por idade do PNI para imunizar seus funcionários.
A vacinação completa também será exigida aos torcedores. A Conmebol trabalha com mínimo de 50% do estádio Centenário disponível, cerca de 30 mil pessoas, mas há negociação com o governo uruguaio para que a capacidade máxima de 60 mil assentos seja usada. Como a coluna mostrou, os clubes devem ficar com 50% dos ingressos para vender a seus torcedores.
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