Mundial terá transmissão para menos países do que final da Libertadores

O Mundial de Clubes 2020, que começa nesta quinta-feira (4) após ser adiado de dezembro por causa da pandemia, terá transmissão para 135 territórios. É menos do que os 191 que acompanharam a final única da Libertadores 2020 entre Palmeiras x Santos em 30 de janeiro, no Maracanã — decisão também adiada por causa da Covid-19.

A Fifa tem renegociado alguns contratos, o que explica a diminuição no número de países e territórios que vão receber as imagens da primeira competição da entidade pós início da pandemia — os torneios da Fifa costumam ter transmissão para ao menos 200 países. O Palmeiras está na competição e estreia no domingo (7), já na semifinal, contra o vencedor de Tigres (México) e Ulsan Hyundai (Coreia do Sul).

Na América do Sul, cinco países não terão a transmissão do torneio em qualquer plataforma: Uruguai, Peru, Colômbia, Venezuela e Equador. Argentina e Chile terão imagens via Turner, empresa norte-americana que tem investido em eventos esportivos e no Brasil tem, por exemplo, direito de parte dos jogos do Brasileiro em TV fechada e da Liga dos Campeões da Europa. É uma novidade para esses dois países. O Paraguai e a Bolívia verão o Mundial pela Tigo Sports e pelo panamenho Cable Onda Sports.

No Brasil, apesar de uma briga judicial com a Fifa a Globo mantém os direitos e transmitirá o Mundial em TV aberta e também na fechada, pelo SporTV. A emissora brasileira obteve vitória na Justiça para atrasar uma parcela de US$ 90 milhões (R$ 483 milhões) que deveria ter sido paga no meio de 2020. A Fifa recorreu, mas o acordo que vale até 2022, e inclui a Copa do Mundo do Qatar, não corre o risco de ser rescindido.

Observando as empresas que detêm os direitos do Mundial de Clubes 2020 nota-se que alguns países terão transmissão apenas por streaming, como Austrália (Optus, empresa de telefonia local), Alemanha e Espanha (DAZN). A qatariana beIN Sports continua a principal parceira da Fifa na África e boa parte da Ásia e a entidade mantém relação estreita com o governo de alguns países que adquirem os direitos para transmissão em TVs públicas, como Albânia, Armênia e Azerbaijão.