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Marcel Rizzo

Palmeiras e Santos vão inscrever atletas no Mundial mesmo sem vaga certa

Santos e Palmeiras se enfrentam na decisão da Libertadores no Maracanã - GettyImages
Santos e Palmeiras se enfrentam na decisão da Libertadores no Maracanã Imagem: GettyImages

Colunista do UOL

18/01/2021 04h00

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Como a Libertadores terminará poucos dias antes do início do Mundial de Clubes, Palmeiras e Santos terão que enviar à Fifa os nomes de jogadores e oficiais (diretores e membros da comissão técnica) que pretendem inscrever para a competição mesmo sem saber se disputarão o torneio em fevereiro, no Qatar. São 35 atletas e 70 oficiais em uma lista provisória, cortados depois para 23 e 32, respectivamente, aqueles que efetivamente serão credenciados.

Somente o vencedor da finalíssima da Libertadores-2020, em 30 de janeiro no Maracanã, jogará a competição mundial que será entre 4 e 11 de fevereiro. O Mundial-2020 teve sua edição adiada para 2021 por causa da pandemia.

É preciso o envio de dados, como número de passaporte, com antecedência para checagem das autoridades qatarianas. A covid-19 aumentou esse rigor, já que será preciso uma autorização especial para que todos os membros da delegação entrem no país sem realizar uma quarentena de sete dias isolados em hotel em Doha até poderem circular pelo país.

Mesmo assim alguns protocolos serão seguidos, como exigência de testes negativos até 72 horas antes do embarque, nova testagem rápida ao chegar ao Qatar e nos dias seguintes e jamais deixar o hotel, a não ser para o centro de treinamento e, claro, para o estádio em dia de jogos.

A Fifa manteve o regulamento do Mundial com 23 jogadores inscritos que podem entrar em campo (três goleiros obrigatoriamente). A entidade também manteve o veto a troca de atletas depois de a competição iniciar — uma substituição na lista final só pode ser feita até 24 horas antes da estreia e em caso de lesão constatada em laudo. A contaminação por covid-19 está incluída nisso, mas se o jogador testar positivo após o time estrear não poderá ser feita uma troca.

A Fifa exige que 15 dias antes do Mundial os clubes participantes enviem uma lista provisória, com 35 jogadores e 70 oficiais, para início da checagem de documentações. É esta lista que Palmeiras e Santos terão que mandar até o início dessa semana, mesmo sem saber se jogarão o torneio.

A uma semana do início do Mundial, a Fifa pede que haja o envio da lista final, com 23 jogadores e 32 oficiais, que de fato terão acesso às inscrições (credenciais) para o torneio. A federação não aumentou esse número, apesar de pedido das confederações, para evitar que os clubes enviem grandes delegações ao Qatar, o que faz crescer o risco de contaminação por covid-19. A Fifa paga passagens e hospedagens apenas para os 55 credenciados.

Como a Libertadores terminará em 30 de janeiro, ou cinco dias para o começo da competição, a Fifa deve permitir que Palmeiras e Santos só mandem a lista final no dia 31, já que há possibilidade de lesões na finalíssima, por exemplo. Esse corte será feito em cima dos nomes já enviados da lista provisória.

Os clubes levam mais jogadores além dos 23, por sua conta, já que pode haver a troca até 24 horas antes da estreia, que no caso do campeão da Libertadores será em 7 de fevereiro, contra rival a ser definido. Mas essa substituição tem que ser com nomes que estavam na lista provisória.

O Mundial terá seis participantes, e não mais sete, já que o Auckland City foi excluído depois que a Fifa e os governos do Qatar e da Nova Zelândia não chegaram a um acordo sobre os protocolos a serem seguidos pelos neozelandeses. O governo do país da Oceania queria 14 dias de quarentena a todos os participantes, o que foi considerado inviável.

Além de Palmeiras ou Santos, o Mundial terá Bayern de Munique (Alemanha), Al-Duhail (Qatar, representante do país-sede), Ulsan Hyundai (Coreia do Sul), Al-Ahly (Egito) e Tigres (México).