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Marcel Rizzo

Fifa parcela doação da covid-19; CBF pode pegar empréstimo de até R$ 25 mi

Gianni Infantino, presidente da Fifa, viu Conselho aprovar ajuda na pandemia - Attila Kisbenedek/AFP
Gianni Infantino, presidente da Fifa, viu Conselho aprovar ajuda na pandemia Imagem: Attila Kisbenedek/AFP

Colunista do UOL

29/07/2020 16h20

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A Fifa vai parcelar em duas vezes a doação que fará a suas associações filiadas para ajuda no retorno ao futebol depois da paralisação causada pela pandemia do coronavírus. A primeira parcela de auxílio ao futebol masculino, de total de US$ 1 milhão (R$ 5,16 milhões), será liberada até o fim da semana (US$ 500 mil ou R$ 2,58 milhões), a não ser que a confederação peça o adiamento. Os outros US$ 500 mil só serão pagos em janeiro de 2021.

Haverá também outros US$ 500 mil liberados imediatamente e exclusivamente para uso no futebol feminino — e as associações terão que comprovar que utilizaram o dinheiro com ajuda a clubes ou às seleções femininas.

Esse subsídio não precisa ser devolvido, apesar da necessidade de prestação de contas. Mas há também um empréstimo que pode ser feito pelas associações, no valor máximo de US$ 5 milhões (R$ 25,8 milhões) — a Fifa condicionou limite a 35% da receita anual em 2019 de cada filiado, no montante máximo de US$ 5 mi.

No caso da CBF, que teve faturamento recorde de R$ 957 milhões no ano passado, o empréstimo poderia chegar ao valor máximo se a confederação brasileira quisesse.

O blog apurou, no entanto, que a tendência é a CBF não solicitar esse empréstimo, que apesar de não cobrar juros teria que ser devolvido. A entidade já cedeu linha de crédito aos clubes com dinheiro próprio, na casa dos R$ 5 milhões a cada um dos 20 da Série A e no total de R$ 15 milhões aos da B. Também liberou subsídio às equipes das Séries C e D e federações.

Haverá também ajuda da Fifa às seis confederações filiadas, com subsídio de US$ 2 milhões (R$ 10,3 milhões) e possibilidade de empréstimo de US$ 4 milhões (R$ 20,6 milhões). Tanto para as associações quanto para as confederações, o empréstimo deve ser pago nos próximos anos com abatimento de valores que a Fifa teria que enviar por algum motivo, como premiação. A ideia da entidade é não interferir no dinheiro repassado para programas de desenvolvimento, por exemplo.