O que deve distinguir o jornalista do torcedor e do influenciador
Ler resumo da notícia
Jornalistas têm times, não são filhos de chocadeira, já dizia o grande João Saldanha.
Permitir que o coração suplante a razão, aí, não pode.
Não é isso que temos visto.
Há os que acham que a arbitragem de Flamengo x Palmeiras foi mais danosa que a entre São Paulo e Palmeiras.
E por quê?
Porque consideram que além do pênalti de Jorginho em Gustavo Gómez, como 99% dos profissionais de imprensa, e críticos de arbitragem confirmam, houve também falta de Pedro em Fuchs, o que é polêmico.
Ou seja, no clássico do Morumbi, houve um erro gravíssimo também para 99% dos profissionais.
No do Maracanã, para muitos, dois erros graves.
Dois é o dobro de um, desenhemos.
Que caçadores de cliques façam cortes de tais opiniões, omitindo as referentes ao lance com Fuchs, faz parte do desonesto mundo das redes antissociais
Que jornalistas as atribuam, sem mostrá-las por inteiro, ao fato de virem da "imprensa paulista", é simplesmente lamentável.
Além de estúpido, burro.
Quem o jornalista carioca rubro-negro prefere campeão: o Vasco ou o Palmeiras?
Quem o jornalista paulista corintiano prefere campeão: o Palmeiras ou o Flamengo?
Quem o jornalista carioca cruzmaltino prefere campeão: o Flamengo ou o Palmeiras?
Quem o jornalista paulista palmeirense prefere campeão: o Corinthians ou o Flamengo?
Bairrismo ainda existe?
Existe, a ponto de haver paulistano que comete o desatino de dizer que São Paulo é uma cidade mais agradável que o Rio.
Não, no entanto, a ponto de suplantar a paixão pelo time de coração. A rivalidade estadual supera, por 10 a 0, a interestadual.
Portanto, a questão ultrapassa a de ser ou não bairrista, de ser ou não torcedor.
Mas de ser honesto e ao criticar opiniões, de A de B ou de C, mostrá-las inteiras, sem cortes marotos, capciosos, desonestos moral e intelectualmente.
Porque quem deixa de proceder assim comete crime contra a profissão, revela-se, aí sim, bairrista e, sobretudo, cego pela paixão clubística.
Faz exatamente o que critica e expõe os criticados à sanha odienta das redes antissociais, agressões e cancelamentos.
Tudo que um jornalista de verdade não deve fazer, esteja num órgão de imprensa, esteja no desvio, diferentemente do torcedor/influenciador que faz o que bem entende para vender suas opiniões/produtos.
A objetividade é meta, a imparcialidade busca permanente, mesmo que todos tenham lado.
Só durmo feliz à noite quando, durante o dia, apanho de corintianos e palmeirenses.
E por ter me formado na revista Placar, brasileira, não faço diferenças de norte a sul, de leste a oeste.






























Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.