Palmeiras, em noite ruim, empata na raça com banco luxuoso

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Não há comparação possível entre Palmeiras e Inter Miami, um dos clubes mais tradicionais do Planeta Bola e outro de vida curta, cuja grande marca é a presença de Lionel Messi, que anda no gramado e, quando pega na bola, assusta, além de Luis Suárez.
Daí o alviverde ter começado o jogo disposto a mostrar a diferença, com imposição, sob o som de sua torcida em Miami.
O time local, ao contrário, jogava lentamente, mais preocupado em quebrar o ritmo dos visitantes ilustres.
Só que o jogo brasileiro não fluía e os de cor de rosa passaram a gostar do jogo até que, Suárez, com o restinho de categoria que traz do berço, tocou para Allende invadir a área, deixar Murilo para trás machucado, e bater firme: 1 a 0, aos 16 minutos.
Fuchs substituiu Murilo.
Tadeo Allende é argentino e não tem parentesco com Salvador Allende, o socialista presidente democraticamente eleito do Chile e derrubado pelo assassino general Augusto Pinochet, em 1973, num dos golpes de Estado mais sangrentos do século 20.
O pior aconteceu depois do gol que punha o Miami em primeiro lugar no grupo, com direito e pegar o Botafogo nas oitavas e deixar o Palmeiras às voltas com o PSG, foi pior, porque os brasileiros sentiram o gol como se fosse impossível virar.
Entre os 35 e 38 minutos os rosas ficaram quase três minutos com a bola, sob o olhar passivo dos verdes. Incompreensível.
Era simplesmente inadmissível não reagir no segundo tempo e para tanto Abel Ferreira sacou Raphael Veiga, desaparecido, e pôs Maurício.
Logo aos 48 Messi chutou pela primeira vez e Weverton defendeu sem maior dificuldade.
Três minutos depois Allende perdeu o segundo gol.
Aos 53, Paulinho entrou no lugar de Facundo Torres.
Corinthians, na decisão do Paulistinha, Botafogo, Bahia, Flamengo, Cruzeiro, Porto, que não ganhou de ninguém no Mundial, o Palmeiras não conseguia triunfar nos jogos mais importantes que disputou na temporada.
Ao menos o Palmeiras pressionava, mesmo que mais no desespero que organizadamente.
Aos 65, porém, na raça e na bola, Suárez fez 2 a 0, ao deixar três adversários para trás.
Vitor Roque e Allan no jogo nos lugares de Evangelista e Marcos Rocha.
Um gol do Porto contra o Al-Ahli, em jogo que estava num maluco 3 a 3 e o Palmeiras seria eliminado, mas quem fez o 4 a 3 foram os árabes.
Estêvâo, que trocou camisas com Messi no intervalo, decepcionava.
O time estadunidense do inglês David Beckman, repleto de sul-americanos, punha os brasileiros na roda e catimbava quando dava para não perder o hábito.
Aos 80, Paulinho, achou um gol, em passe de Allan, logo depois de Vitor Roque ter perdido outro.
Agora o Porto precisaria de três gols para eliminar o Palmeiras e o Palmeiras precisava só de um para ficar em primeiro lugar.
Tempo havia, faltava futebol, e sobrava coração, além do grito da torcida.
Lá e cá, as oportunidades se alternavam e o resultado final estava mais que aberto, abertíssimo.
Tão aberto que Mauricio empatou aos 87, porque não está morto quem peleia.
Dava até para virar e justificar o mantra de ser o time da virada, mesmo em noite ruim.
Quem veio do banco salvou o Verdão, porque banco luxuoso é exatamente para isso.
No derradeiro segundo tanto Paulinho quanto Vitor Roque tiveram a chance da virada.
Palmeiras x Botafogo jogarão no sábado, às 13h, e um brasileiro voltará para casa.
Ambos terão que jogar muito mais do mostraram hoje para sobreviver e ir às quartas.
Ufa!
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