Botafogo complica o que estava fácil

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Foi só passar a tensão da estreia, aflição que afeta os latinos em geral, para o Botafogo se impor sobre o Seattle Sounders e ir para o intervalo com 2 a 0 de vantagem, fruto de dois gols de cabeça de Jair e Igor Jesus e de cruzamentos perfeitos de Alex Telles e Vitinho respectivamente, aos 28 e 44 minutos.
No grupo mais difícil da Copa do Mundo de Clubes, com PSG e Atlético de Madrid, o campeão da Libertadores tratava de evitar sofrimento desnecessário e submetia a equipe norte-americana sem maiores dificuldades.
Como certas coisas só acontecem mesmo com o Botafogo, os autores dos gols estão se despedindo de General Severiano em direção ao Nottingham Forest.
Para o segundo tempo o Glorioso voltou com Joaquim Correa no lugar de Mastriani.
Quem deveria fazer a lição de casa era o time local, mas quem tinha estudado o adversário com mais rigor era o alvinegro.
Com uniforme horroroso de calções azuis e camisas verdes com listras também azuis, os americanos se mandaram à frente como se estivessem no Vietnã e começaram a tomar bolas nas costas, certos de que intimidariam os brasileiros e chegaram a desperdiçar gol certo, com intervenção providencial de John, que é brasileiríssimo, paulista de Diadema.
Verdade que o Botafogo abusava das esticadas de bola, mais com pressa do que com velocidade.
Embora parecesse que o primeiro gol do Sounders estava mais perto que o terceiro botafoguense, na real era o Glorioso quem estava mais perto de ampliar se acertasse um contra-ataque que fosse.
Claro que tomar sufoco dos anfitriões desautorizava otimismo para o próximo jogo, simplesmente contra o PSG, a menos que fosse treino de saber sofrer, essa teoria marota mais de boca que de cabeça.
Aos 70, Cuiabano e Arthur Cabral substituíram Alex Telles e Savarino.
Fato é que, aos 75, uma bola desviada no peito de Igor Jesus tirou qualquer chance de John defendê-la: 2 a 1.
Se o Botafogo ensaiou surpreender nos contra-ataques acabou surpreendido com o gol e a situação se complicou.
O segundo tempo botafoguense era lamentável.
Danilo Barbosa e Santi Rodríguez foram chamados para o socorro final aos 85, nos lugares de Igor Jesus e Marlon Freitas.
Aos 89 o Botafogo teve a chance de fazer o 3 a 1, não aproveitou o erro de saída de bola e teve de sofrer mais cinco minutos porque era incapaz de aproveitar os contra-ataques.
Em resumo, a sorte brasileira esteve que na hora de fazer gol o ataque dos donos da casa falhou bisonhamente, como no derradeiro minuto, quando John salvou mais uma.
O PSG deve ter adorado o que viu. Se é que viu.
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