PSG confirma o favoritismo com sobras e goleia até o calor

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Ao ver as imagens aéreas do estádio Rose Bowl, em Pasadena, no subúrbio de Los Angeles, foi impossível não lembrar da final da Copa do Mundo de 1994, entre Brasil e Itália, a do tetracampeonato brasileiro que poderia ser italiano.
Hoje, ao meio-dia lá, fazia 30°.
Então, no dia 17 de julho, eram 40° à sombra e 45° no gramado, razão pela qual o 0 a 0 durante 120 minutos resultou na pior final de Copa do Mundo de todos os tempos, ao contrário da decisão no Qatar entre Argentina 3, França 3, a melhor.
Inteiramente descoberto, sob sol a pino, a tampa do laptop queimava as mãos e não tinha água na tribuna de imprensa, ao nível da grama.
Atualmente a capacidade do centenário estádio é de 90 mil torcedores. Naquele dia havia 94 mil e nenhuma sombra, embora em torno dele haja um canteiro plantado com 100 espécies diferentes de rosas.
A FIFA trabalhou de bandida contra o futebol que queria vender aos estadunidenses para atender o fuso horário e a audiência da Europa.
Quando PSG e Atlético de Madrid começaram a jogar em ritmo intenso, às 21h em Paris e em Madri, deu para desconfiar que não suportariam mantê-lo.
Como previsível, os franceses vencedores da Champions atacavam e os espanhóis defendiam.
E logo aos 19 minutos, em modo linha de passe, Fabían Ruiz fez 1 a 0 para os parisienses.
Mesmo sem Dembélé, mas com o endiabrado Doué, o PSG tomou conta do clássico europeu.
Já com sinais de cansaço, o PSG ficava com a bola, criava, jogava bonito até que, aos 44, os colchoneros contra-atacaram, criaram sua melhor chance, em arremate do francês Griezmann, bem neutralizada por Donnarumma, e deram espaço para a transição do time do técnico Luis Enrique.
Foi fatal.
Porque rapidamente a bola chegou aos pés do motorzinho cerebral Vitinha e o português chutou da entrada da área para fazer 2 a 0.
Se no segundo tempo só restava ao Atlético ir à frente, do PSG até esperava administrar a vantagem com o mínimo de desgaste, mas, no primeiro espaço concedido, aos 49, o georgiano Kvaratskhelia bateu no ângulo e o esloveno Oblak desviou com a ponta dos dedos no travessão.
Os dez graus a menos na temperatura permitiam um jogo muito melhor que o de 51 anos atrás. Imagine se fosse no fim da tarde, embora na madrugada europeia.
Aos 57, Juliían Àlvarez, diminuiu, mas o VAR viu falta na origem do lance e o gol foi bem anulado.
O Atleti abriu a caixa de ferramentas, irritado com a anulação e recebeu dois cartões amarelos seguidos para Correa e Renildo, em dois minutos, exatamente dos dois jogadores que entraram após a anulação.
Lotado, o Rose Bowl fazia olas um dia depois de Los Angeles abrigar a maior manifestação contra Donald Trump, a ponto de impedir que os dois times, repletos de imigrantes, fizessem o conhecimento do gramado.
Aos 77, o zagueiro francês Lenglet, do time madrilhenho foi expulso por reclamação. O que era dificílimo ficou impossível.
Assim mesmo, aos 81, o norueguês Sorloth, na pequena área, conseguiu fazer o mais difícil ao chutar por cima o passe na medida dado por Llorente para que ele fizesse o 1 a 2. Deu dó.
Como quem não faz, toma, aos 86, como se estivesse brincando, o menino Mayulu fez 3 a 0 para coroar o show francês.
O 4 a 0 não aconteceu porque a trave impediu, nos acréscimos.
Mas, na sequência do lance, mão na bola virou pênalti e Lee fez o quarto gol.
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