Juca Kfouri

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Reportagem

Mundial abre com bom jogo e o melhor resultado para o Palmeiras

De um lado a legião estrangeira do Inter Miami vestida de cor de rosa, sem nenhum jogador nascido nos Estados Unidos, o que deve causar profunda irritação no xenófobo Donald Trump que, neste mesmo sábado, viu manifestações pelos Estados Unidos afora contra sua clara intenção de enterrar a chamada maior democracia do mundo.

Do outro lado, o vitorioso time egípcio do Al Ahly, de vermelho, com quase todos os jogadores nascidos no Egito.

Logo aos 13 minutos, o melhor jogador da equipe afro-asiática, Ashour, se machucou e saiu de campo aos prantos, prova de que o Mundial de Clubes é levado a sério.

Nos primeiros 25 minutos os egípcios desperdiçaram duas claras chances de gol e mandaram no jogo, embora com menor posse de bola.

Aos 30, já eram dois cartões amarelos para a defesa norte-americana, porque a rapidez egípcia a enlouquecia.

Dois minutos depois o goleiro argentino Oscari Ustari, 38, fez milagre em cabeçada de Dari.

O risco corrido pelos visitantes era óbvio: ser castigado por quem tem os veteranos Sergio Busquets, 36, Luis Suárez, 38, e Lionel Messi, 37.

Aos 39, o assoprador de apito iraniano amarelou e deixou de expulsar, com segundo cartão amarelo, o zagueiro argentino Aviles.

Imagine, aliás, como atua um profissional do Irã sabendo que seu país está em guerra com Israel.

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Aos 41, o venezuelano Segovia fez pênalti em Zizo e Trézéguet bateu para Ustari defender.

O que deveria estar 2 a 0 estava 0 a 0 ao chegar o intervalo para alívio do Miami.

Quase aconteceu, aos 50, o velho quem não faz, toma — evitado pelo veterano goleiro El-Shenawy, 36, em arremate à queima-roupa.

Os palmeirenses certamente assistiam ao jogo, não se impressionavam com o Miami e lembravam que se venceram o Al Ahly no Mundial de 2022, por 2 a 0, em 21 empataram sem gols e perderam nos pênaltis.

Se bem que até o Miami começou a mostrar mais futebol no segundo tempo, ao equilibrar a disputa e por duas vezes quase abrir o marcador nos primeiros 15 minutos, porque Messi dava o ar de sua graça com toques desconcertantes e cobranças venenosas de escanteio, além de uma cobrança de falta que raspou a trave e fez o estádio gritar gol pelo toque na rede do lado de fora.

O empate não era bom para os dois times e o melhor resultado para Palmeiras e Porto.

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Aos 84, foi a vez de El-Shenawy fazer milagre e evitar o gol de cabeça do haitiano, nascido em Nova York, Fafá Picault, em cruzamento de Messi.

No penúltimo minuto, Messi meteu a bola no ângulo, o goleirão desviou para o travessão e a bola saiu a escanteio.

E no último, outra vez ele evitou o gol do Inter Miami.

Estadunidenses adoram contagens altas, detestam empates e não suportam 0 a 0.

But, foi o que se viu em Miami, embora em bom jogo, o que só os muitos latinos que moram nos EUA entendem.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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