Vasco surpreende até os cruzmaltinos no Morumbi
Nem o mais otimista dos vascaínos imaginaria que o Vasco fosse para o intervalo, no Morumbi, vencendo o São Paulo por 2 a 0.
Já o são-paulino parecia saber, porque compareceu em número bem menor do que estava acostumado, apenas 20 mil torcedores.
Fato é que o dinizismo deu um nó nos tricolores e se aproveitou também das falhas do goleiro Rafael, no primeiro gol, de Rayan, aos 26 minutos, e de Enzo Dias, no segundo, de Nuno Moreira, aos 39.
E olhe que se não fosse Rafael o Vasco teria feito o terceiro gol com Paulo Henrique, aos 43, para irritação de Fernando Diniz.
Ele sabia que o 3 a 0 resolveria o clássico, no palco que, em 1989, o Cruzmaltino foi campeão brasileiro ao derrotar os donos da casa por 1 a 0, gol de Sorato.
Zubeldia deve ter comido o fígado do time no intervalo e fez três trocas, ao botar o xenófobo Bobadilla, mais Juan Dinenno e Wendell, nos lugares de Pablo Maia, Lucca e Enzo.
Sob 12 graus no termômetro e sensação térmica de 10° no gelado Morumbi, a torcida fazia sua parte e procurava esquentar o ambiente no gramado, em busca de dar algum calor ao frio Vasco, que administrava bem a vantagem durante os primeiros 15 minutos.
E Vegetti ainda não tinha deixado sua marca.
Diniz pedia calma, fazia papel de bombeiro, e Zubeldia fazia o de Nero, incendiário.
Aos 21, em nova lambança da defesa paulista, novamente com participação de Rafael, Paulo Henrique encontrou Vegetti no meio da área e o goleador fez 3 a 0, para deixar bem claro que em noite com regência do aniversariante Philippe Coutinho, 33, não cabia permitir reação aos anfitriões.
O Vasco ganhava, e muito bem, pela primeira vez como visitante e trocou PH, lesionado, por Pumita, aos 28.
Casais de namorados discutiam nas cadeiras do estádio, elas querendo só vaiar, eles querendo trucidar os jogadores.
Ryan, que acabava de entrar, aos 48, descontou, em lindo gol: 3 a 1. Consolou?
O Tricolor ficava apenas um ponto acima da zona do rebaixamento e o Vasco, dois.
As vaias ao final só não seriam monumentais porque não havia tantas gargantas para promovê-la.
O mês de intervalo até a volta do Brasileirão será passado com clima otimista em São Januário e de indignação no Morumbi.
Reportagem
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