Yuri Alberto é o algoz do Santos nascido na Vila Belmiro
Aos 20 minutos de clássico modorrento em Itaquera, Zé Ivaldo, zagueiro do Santos, perdeu de cabeça um gol feito.
Nem Hugo Souza nem Brazão tinham o menor trabalho e a criatividade dos dois times era igual ao placar: zero e zero.
Yuri Alberto, que gosta de fazer gols em seu ex-time, parecia náufrago em ilha deserta, mais solitário na frente que a própria solidão.
Do lado praiano, Soteldo ciscava em busca de seu primeiro gol contra o Corinthians.
Aos 32, Barreal teve a chance e não aproveitou e o Santos era melhor que o rival.
Sete minutos depois Gabriel Brazão fez a primeira defesa do jogo, em cobrança de falta por Igor Coronado.
A falta de criatividade corintiana era tamanha que pela primeira vez em muito tempo a Fiel manifestou irritação ainda no primeiro tempo.
Para o segundo, ninguém mexeu, menos sinal de que os treinadores estavam felizes e mais por falta do que fazer com o que têm nos bancos.
Seja como for, o Corinthians voltou mais agressivo, ao menos.
E o Santos mais cauteloso e faltoso.
Deivid e Bontempo nos lugares de Zé Rafael e Tiquinho, aos 17.
Aos 20, Brazão fez milagre em cabeceio de Yuri, mas dentro do gol: 1 a 0, em cruzamento de Martínez e intervenção do VAR para confirmar o gol.
Yuri passou a ser o maior artilheiro de Itaquera e a marcar pela sexta vez contra o Santos, que o viu nascer na Vila Belmiro, diante de 47 mil torcedores.
Soteldo pediu para sair e Mateus Xavier o substituiu. Thaciano entrou no lugar de Barreal.
Hugo Souza só torcia dentro do campo, porque trabalhar não trabalhava.
Aos 33, Raniele e Romero foram para o jogo e é incrível como entra treinador, sai treinador, e demoram para perceber que o paraguaio deve ser titular. Bidon e Coronado saíram.
Aos 34, Escobar foi expulso ao receber o segundo cartão amarelo ao discutir com Martínez, também amarelado.
Três minutos depois Yuri, em contra-ataque, desperdiçou o 2 a 0 de modo imperdoável.
Daqueles gols imperdíveis quando a vantagem é mínima.
Aos 40, ele não perdeu, ao receber lançamento de Félix Torres e cavar para ampliar: 2 a 0. O VAR chamou para o assoprador examinar o desarme do zagueiro e marcou a falta, de fato, cometida.
Carrillo saiu e Ryan entrou, assim como Luca Meirelles entrou no lugar de Rollheiser para jogarem sete minutos de acréscimos.
Mais para passar o tempo do que de gozação, Itaquera soava olé.
Também para isso, Talles Magno entrou no jogo.
Reportagem
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