Palmeiras da virada não se cansa de calar os críticos
Poucas coisas são mais cretinas que o hábito da torcida do Palmeiras em acompanhar a música do Hino Nacional entoando o nome do clube. É deprimente ouvir os mascotes dentro do campo na mesma toada.
É o que dá imitar os Estados Unidos, onde o hino é executado com devoção.
A obrigatoriedade no Brasil, em todos os jogos, deu nisso. Ou ninguém dá a menor bola ou se avacalha o Hino desse jeito. Em vez de ajudar a formação cidadã, estimula-se a cafajestagem como se viu mais uma vez em Bragança Paulista.
A TV nem toma o cuidado de tirar o som e a esculhambação atinge seu objetivo.
Menos mal que os jogadores alviverdes ficam calados diante do silêncio cúmplice, também, da presidenta do clube, a que traiu na eleição da CBF.
Paulinho, prudentemente preservado, e Vitor Roque, com morte na família, não estavam no jogo.
O Bragantino tinha força máxima e vinha de oito dias sem jogar e poderia chegar à liderança. Para tanto teria de derrotar o visitante mais indigesto do país.
E, na metade do primeiro tempo, o ex-defensor palmeirense Gabriel, que sempre se disse corintiano, abriu o placar de fora da área: 1 a 0.
O Palmeiras não chegava ao 20° invicto como visitante, 16 vitórias e três empates, mas havia muito tempo para chegar.
Luighi (pronuncia-se Luigui e não Luigi) e Mauricio nos lugares de Facundo e Allan foram as trocas verdes para o segundo tempo, em busca de impedir que o Bragantino tomasse a liderança, pois o Flamengo só empatava com o Botafogo.
Para fazer valer a lei do ex do seu lado, Lucas Evangelista entrou e Rios saiu.
Aos 18, Giay evitou que Vinicinho ampliasse e, em seguida, Thalys substituiu Flaco López.
O Palmeiras pouco ameaçava, a não ser por ser o Palmeiras.
E, para variar, aos 27, Estêvão bateu escanteio, Murilo subiu e cabeceou para empatar 1 a 1, chegar aos 20 jogos sem perder como visitante.
Mas não só.
Chegava com vitória aos 34, com Maurício, na marca do pênalti, ao desviar na zaga. De virada, 2 a 1!
O Bragantino morreu psicologicamente depois do gol.
A liderança estava assegurada mesmo com nova atuação nota 5,5, mas com quatro pontos na frente do Flamengo, o vice-líder.
Antes do Mundial, receberá o Flamengo e visitará o Cruzeiro que, se vencer o Galo daqui a pouco, ficará a três pontos dele.
Reportagem
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