O retiro de Tite
Errar todos erramos.
Tite pediu tempo para cuidar do corpo e da mente.
Acertou.
Errou ao aceitar o convite de Marco Polo Del Nero para ser técnico da CBF, por mais difícil que seja dizer não a um sonho.
Signatário seis meses antes de abaixo-assinado com 127 assinaturas de personalidades ligadas, e não ligadas, ao futebol, que exigia a renúncia do então presidente da entidade, Tite não só capitulou como beijou o cartola — hoje banido do futebol e proibido de sair do país porque, se sair, a Interpol prenderá devido ao Fifagate.
Homem de princípios, certamente a consciência doía nos seis anos em que esteve à frente da seleção, duas vezes eliminada nas quartas de final das Copas do Mundo, em 2018 e 22, por detalhes e alguma falta de sorte, em belo jogo com a Bélgica e outro nem tanto com a Croácia, embora com a vitória escorrida pelos dedos.
Bem-sucedido na carreira como treinador de clubes, campeão mundial pelo Corinthians, com trabalho mesmo na seleção muito melhor que dos sucessores, Tite decepcionou no Flamengo e faz bem ao dar um tempo.
Tempo para refletir também sobre levar o filho a tiracolo por onde anda, embora seja cada vez mais habitual pelo mundo afora, até mesmo com Carlo Ancelotti, o mais admirado por Tite.
Ele sabe, e é justo ser assim, que quando se sentir pronto novamente não faltarão convites.
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