Juca Kfouri

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Opinião

A noite mais maluca da história do Beira-Rio

Nacional tem um começo avassalador e com 10 minutos já abre uma vantagem de dois gols, com Millán aproveitando sobra de escanteio, aos 5, e Boggio, aos 10, concluindo contra-ataque.

Depois disso o Internacional assume o comando, pressiona, tem dois pênaltis e um gol anulados, todos por impedimento, e toma outro duro golpe em nova bola parada do Nacional, com Coates aproveitando falha de Anthoni e batendo firme pro fundo da rede, na pequena área após escanteio, aos 43. Aos 45, Alan Patrick diminui convertendo penalidade.

Assim, objetiva e friamente, o UOL Esporte analisou o primeiro tempo disputado no Beira-Rio apinhado por quase 38 mil seguidores.

Provavelmente o estádio, aos 56 anos de vida, jamais tenha vivido primeiro tempo tão maluco e surpreendente.

Com duas derrotas na bagagem os uruguaios nesta Libertadores, apesar de toda tradição que tem, com três Libertadores e três mundiais, não era visto como rival à altura.

E fez 3 a 0!

E o VAR anulou dois pênaltis e um gol colorado, em arbitragem confusa e horrorosa nas sinalizações do assoprador de apito venezuelano.

Dessas coisas de endoidar o torcedor na arquibancada e fazê-lo chutar o televisor.

O segundo tempo teve o Inter exercendo pressão insuportável, mas correndo os riscos que teria mesmo de correr, ao empilhar atacantes para, ao menos, buscar o empate.

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Não era noite generosa com o futebol brasileiro.

O Flamengo havia ficado no 0 a 0 com a LDU, em Quito, tão preocupado com a altitude que não notou que poderia vencer.

E o Inter sofria.

Mas, aos 66 minutos, Óscar Romero, vindo do banco no lugar de Bruno Henrique, fez lançamento primoroso e Bernabei diminuiu para 2 a 3, com categoria.

Também Vitinho, no lugar de Aguirre, e Borré, no de Gabriel Carvalho, estavam em campo.

E foi Fernando quem, aos 73, de cabeça, empatou em escanteio cobrado por Alan Patrick.

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O Beira-Rio já viveu grandes tardes, manhãs inesquecíveis, e vivia noite eterna.

A virada, remontada como dizem os castelhanos, parecia inevitável e era só e tudo que o Inter e Roger Machado mereciam, depois dos 55 minutos iniciais, quando, já com 1 a 3, Bernabei acertou o travessão uruguaio, num pecado da bola.

Não que, diante das circunstâncias, o empate fosse mau resultado, mas um jogo desses deve ter vencedor, o Inter.

Aos 82, Ramon e Natan nos lugares de Wesley e Bernabei, muito provavelmente por cansaço dos substituídos, que jogavam bem, muito bem.

O 3 a 3 permaneceu e foi maldade do deus dos estádios.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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