Juca Kfouri

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Reportagem

Corinthians perde um monte de gols, toma susto, vira e Fiel impressiona

Nos primeiros 25 minutos Itaquera viu uma competição entre bólidos de Fórmula 1 contra calhambeques, os primeiros com a camisa do Corinthians e os segundos com a do Sport.

Parecia um time dopado contra outro que havia exagerado nos ovos de Páscoa durante o almoço.

O Sport errava passes, tinha a bola roubada e o Corinthians finalizava, com cinco chances claras de gol, nos pés de Memphis, de Yuri e de Romero.

O massacre era tamanho que a falta do gol exigia que o Corinthians o sofresse, o que quase aconteceu aos 27 minutos, em chute do colombiano Christian Rivera, de fora da área que, se fosse entre as traves, entraria.

A partir daí os visitantes começaram a equilibrar a corrida, quer dizer, o jogo, e Crystian Barletta chutou na trave, assim como Romero havia chutado antes.

Barletta e Du Queiroz eram dois candidatos à lei do ex e a do quem não faz toma gritava no estádio alvinegro mais uma vez repleto.

Como goleiro os pernambucanos tinham Caíque França, cria do terrão, que chegou a ser cogitado como substituto de Cássio, mas jamais se firmou.

E o primeiro tempo se esvaia com 0 a 0 no frustrado placar de Itaquera quando, aos 44 minutos, a frustração aumentou: Hereda cruzou e o português Sérgio Oliveira fez 1 a 0 para o Sport, ambos com total liberdade como tem sido frequente no sistema defensivo alvinegro.

O campeão pernambucano vencia o campeão paulista.

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Silêncio na zona leste paulistana.

Com 19 derrotas na história do confronto, dez empates, o Sport vencia pela 18ª vez, a primeira em oito partidas em Itaquera, onde perdera sete vezes.

Díaz pai e filho a tudo viam em animado churrasco com carnes argentinas e cerveja Quilmes.

Na largada do segundo tempo, em dez segundos, Romero cruzou rasteiro da direita, Memphis girou sobre o zagueiro e empatou 1 a 1.

O silêncio acabou e virou um barulhão.

Aos, 9, Lucas Lima e Gonçalo Paciência substituíram Barletta e Arthur Souza.

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Aos 14, quase um desastre desses de encerrar carreiras: Matheus Donelli pisou na bola, caiu e quase teve a bola roubada.

Em seguida, Léo Maná e Memphis combinaram, o holandês arrematou, a bola desviou e morreu na rede: 2 a 1, aos 18.

A justiça tardou, mas não falhou.

Aos 20, o show de horrores ficou por conta de Gustavo Henrique, em saída de bola na pequena área.

O Corinthians abusava da sorte pôs seu terceiro Christian em campo, o argentino Ortiz, e Lenny Lobato, nos lugares de Sérgio Oliveira e Carlos Alberto.

Aos 17 anos Zé Lucas entrou na vaga de Christian Rivera.

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Alex Santana e Maycon foram chamados pelo interino Orlando Ribeiro, do sub-20, para os lugares de Carrillo e Bidon.

Aos 30, Angileri evitou gol contra de Gustavo Henrique .

Ryan e o menino Dieguinho, 17, substituíram Raniele e Romero.

Yuri Alberto viveu mais uma tarde do velho Yuri Alberto e Matheus Donelli não passa a menor confiança, nem para a torcida, nem, o que é pior, para a defesa.

O Sport pressionava em busca do empate e o corintiano sofria, para variar.

Héctor Hernandéz dentro, Yuri fora, pedindo desculpas.

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O jogo seguia aberto, indefinido disputado palmo a palmo, diante de mais de 43 mil torcedores, como se tivesse virado obrigação da Fiel lotar o estádio independentemente da fase.

Pela 33ª vez seguida, mais de 40 mil fiéis ocuparam o estádio.

Se o Corinthians fosse bem gerido, não estivesse há décadas em mãos tão incompetentes e sujas, seria potência para assustar europeu porque a Fiel, de fato, faz diferença.

O Sport deu trabalho até o fim, segue sem vitória e, pelo menos, desta vez, não foi roubado.

O Corinthians teve mais sorte que juízo, perde gols demais, e dará muito trabalho ao novo treinador.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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