A Seleção é Neymar e mais dez, Dorival?

Ler resumo da notícia
POR HUMBERTO MIRANDA*
Tudo que foi dito desde o final do jogo de ontem entre Argentina e Brasil até agora é bastante preocupante.
O fantasma do 7 a 1 está de volta e condicionará os jogos restantes das eliminatórias.
Quando Dorival definiu que a Seleção Brasileira agora será Neymar e mais dez, ele jogou seu futuro no limbo.
O que acontecerá com ele nos próximos dias não será novidade. O fato é um só. Com Dorival, nem a pau.
A diferença é que a Seleção Argentina, ao contrário da Seleção da CBF, projeta um time sem Messi.
Os argentinos estão se dando esse luxo. Jogam um futebol coletivo e de alto nível técnico.
Podemos enumerar os defeitos de Dorival como treinador, mas o mais básico de todos ele não cumpriu: formar um time minimamente competitivo.
O jogo de ontem mostrou a distância que estamos de um nível de jogo praticado pelos melhores times do mundo.
O Brasil esquenta o lugar de Neymar, provando que a comissão técnica e a CBF vivem fora da realidade.
Enquanto isso, a Argentina cria uma situação mais que confortável para a despedida de Messi dos gramados com status de herói. Eles planejam os próximos anos, enquanto nós vivemos de lampejos individuais.
Há quem não compreenda isso. O preço a pagar será o ostracismo.
Não à toa a camisa amarela se tornou símbolo de tanta estupidez política, para dizer o óbvio.
*Humberto Miranda é professor de Economia na UNICAMP.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.