Seleção se acovarda e é goleada pela Argentina

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A defesa da seleção brasileira começou o jogo no Monumental de Núñez pior que a defesa dos indiciados pela tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.
Com três ex-corintianos, Marquinhos, Murilo e Arana, nos primeiros 12 minutos Julián Álvarez e Enzo Fernández fizeram 2 a 0 e cada ataque argentino, mesmo sem Lionel Messi e Lautaro Martínez, botava terror na área brasileira.
Daí o zagueiro Romero resolveu colaborar e perdeu bisonhamente a bola para Matheus Cunha diminuir, aos 26: 2 a 1.
Pareceu um alento, mas foi só um alento.
Porque, aos 37, Mac Allister, se antecipou ao goleiro Bento, sob o olhar complacente de Joelinton e Murilo, e fez 3 a 1.
O meio de campo brasileiro jogava tão mal como a defesa e o ataque, é claro, inexistia.
Por que Dorival Júnior não aproveitou o entrosamento da dupla de zaga do PSG, Marquinhos e Beraldo, só ele mesmo para não explicar.
Raphinha estava desaparecido em algum canto no gramado e quando aparecia levava porrada, como aos 38 minutos, quando o tempo fechou como era previsível.
Exceção feita a Matheus Cunha a sensação era a de que, com o perdão da má palavra, os jogadores estavam não apenas de amarelo, mas encagaçados.
O fim do primeiro tempo soou feito alívio, embora faltasse ainda o segundo.
Alívio para quem via, porque para Raphinha foi o tempo de levar dois catiripapos de Dibu Martinez e Tagliafico.
Dorival Júnior tirou as galochas, tomou um copo de leite no vestiário e voltou com Léo Ortiz, João Gomes e Endrick, nos lugares de Murilo, Joelinton e Rodrygo, no que insistia no erro de deixar Beraldo fora.
Com João Gomes, ao menos, formava a dupla Fla-Flu do Wolverhampton.
Os argentinos seguiram absolutamente dominantes como se estivessem em casa, aliás, como estavam.
Os brasileiros eram visitantes que não causavam incômodos, agradáveis, gentis.
Nem gol, infelizmente, como Raphinha prometeu a Romário, nem porrada, felizmente, como também garantiu. Nem futebol.
Savinho substituiu Matheus Cunha aos 23, quando Simeone entrou no lugar de Almada.
A Seleção tinha a cara e a atitude do presidente da CBF.
E tomou o 4 a 1 no primeiro toque dele na bola, em falha simplesmente ridícula de Arana, aos 26.
Frisemos: Messi estava fora e a Argentina sambava no Monumental.
Lionel Scaloni tem um belo time nas mãos e seu único defeito é não homenagear Germán Cano com pelo menos uma oportunidade para ele vestir pela primeira vez a camisa Argentina.
Em bom castelhano, a seleção era humilhada em Buenos Aires pelos campeões mundiais com olé desde o primeiro tempo.
Éderson, coitado, entrou para André não ser expulso, aos 38.
Dez baratas tontas corriam atrás dos rivais sem entender o que acontecia no gramado.
Será que Dorival Jr. viu evolução no processo?
O quinto gol não saiu porque Deus não quis e o Brasil está em quarto lugar nas Eliminatórias. Uma beleza!
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