Juca Kfouri

Juca Kfouri

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Realmente, Real Madrid! Pacto com a vitória

Que o futebol europeu está povoado por estrangeiros é sabido.

Nem por isso deixa de chamar atenção o número de sul-americanos envolvidos no clássico de Madri: quatro titulares e quatro reservas no Atlético e três titulares e um reserva no Real.

Ou seja entre 44 jogadores nada menos que doze da América do Sul: seis argentinos, quatro brasileiros e dois uruguaios.

No Atlético do treinador também argentino Diego Simeone, os compatriotas dele como titulares De Paul, Julíán Álvarez e Giuliano Simeone, seu filho, mais o uruguaio Giménez, além dos reservas também argentinos Juan Musso, Nahuel Molina e Ángel Correa e o brasileiro Samuel Lino.

Nos merengues, os brasileiros titulares Vini Jr. e Rodrygo, o reserva Endrick, e o uruguaio titular Valverde.

O clássico que prometia ser espetacular na casa do Atlético começou com gol dos anfitriões aos 28 segundos, de Gallagher, e teve o primeiro tempo inteiro de domínio estéril dos visitantes e mais duas claras chances de gol que Courtois evitou para impedir a ampliação do placar.

O gol nasceu de passe de Álvarez para De Paul que cruzou rasteiro para o inglês fazer 1 a 0.

Quando o segundo começou o jogo estava indo para a prorrogação com 2 a 2 no placar agregado.

A situação estava feia para o Real, mas, como se sabe, se há um time que transforma crise em oportunidade este é o do 15 vezes campeão da Champions.

Continua após a publicidade

Mas o segundo tempo começou com o Atlético muito mais perto do 2 a 0 que o Real do empate.

Só faltava definir um time nas quartas, para enfrentar o Arsenal, exatamente o jogo disputado no estádio Metropolitano, na capital espanhola.

Aston Villa x PSG, Barcelona x Borussia Dortmund e Bayern Munique x Inter já estavam definidos, jogo na primeira e segunda semanas de abril, sempre às terças e quartas-feiras, jogos de volta na casa dos times em negrito.

Entre os seis definidos, cinco campeões: Aston Villa, Borussia Dortmund, Barcelona, Bayern e Inter.

O Real poderia ser o sexto entre oito ou o Atlético o terceiro em busca de título inédito, que Arsenal e PSG também não tem.

Então, aos 67, Bellingham lançou Mbappé na intermediária, ele se livrou de um, entrou na área e foi derrubado por outro em pênalti que Vini bateu em Toledo, de tão longe, primeiro que ele perde no Real.

Continua após a publicidade

O estádio veio abaixo e, no primeiro ataque do Atleti, Courtois fez nova defesa para evitar o 2 a 0.

Só os donos da casa ameaçavam e desperdiçavam chances, o que, se sempre é perigoso, contra o Real, realmente, costuma ser fatal.

Carlo Ancelotti caminhava apreensiva e lentamente à beira do gramado enquanto Simeone gesticulava e gritava sem parar, elétrico, frenético, como sempre.

E veio a prorrogação.

O Atleti já sem De Paul, Simeone, Gallagher, Griezmann e Lenglet e com Molina, Normand, Lino, Correa e Sorloth.

O Real sem Mendy, Tchouaméni, Modric e Rodrigo e com Lucas Vásquez, Garcia, Camavinga e Brahim Diaz.

Continua após a publicidade

De cara, Rudiger evitou o 2 a 0. Os colchoneros seguiam melhores.

Mas os penais vieram, Endrick estava em campo e Vini não estava mais.

Julían Álvarez escorregou, bateu com os dois pés e sua cobrança foi anulada.

Oblack pegou um pênalti, mas Lorente bateu o empate no travessão.

Rudiger classificou o Real. Como sempre!

Não dá para evitar a suspeita: algum pacto os madridistas têm com a vitória.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.