Choque-Rei deu sono no primeiro tempo e raiva no segundo

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Os tricolores Lucas Moura e Oscar ficaram no banco da casa verde porque evitam o gramado sintético.
Não são os primeiros.
Lionel Messi, Luis Suarez, Ibrahimovic, por exemplo, mais que evitam, se recusam, mesmo nos Estados Unidos, onde são ainda mais comuns que no Brasil, embora, além do estádio palmeirense, estejam também nos do Athletico Paranaense, Botafogo e no Pacaembu. O do Galo também terá ainda para o Brasileirão.
E nem bem havia começado o Choque-Rei, aos 4 minutos, quando Mauricio se chocou com Ruan e foi trocado por Estêvão que estava sendo poupado por estar gripado.
O São Paulo, como se sabe, sofre da síndrome do visitante, só se sente bem no Morumbi, e começou o clássico excessivamente tímido, como se o empate fosse o que buscasse. E era mesmo.
Para ele estaria de bom tamanho, classificado que está, e evitaria ondas contra Luis Zubeldia.
Já o Palmeiras precisava ganhar para desalojar, pelo saldo de gols, a Ponte Preta da zona de classificação e pressionar o São Bernardo, que mesmo assim permaneceria três pontos à frente.
O time do ABC terá ainda de visitar a Portuguesa e receberá o São Paulo.
O Verdão receberá o fraco Botinha e visitará o enjoado Mirassol.
O clássico transcorria chato ao chegar à metade do primeiro tempo e os dois treinadores, o argentino e o lusitano Abel Ferreira, enchiam a paciência do assoprador de apito que carrega nas costas, assim como quem o auxilia no levantamento de bandeirinhas, a marca do patrocinador do estádio são-paulino. Uma beleza! Digno do prêmio "Mulher de César", aquela que não basta ser honesta, precisa também parecer honesta. É claro que o trio de arbitragem não tem responsabilidade alguma no merchan, apenas se expõe.
Acredite você ou não, os visitantes faziam cera ainda nos 45 minutos iniciais.
E os anfitriões não encaixavam uma jogada perigosa sequer.
Aos 40, nenhum chute havia sido entre as traves.
E Zubeldia recebeu mais um cartão amarelo, que o tira da partida contra a Ponte Preta.
Quando o intervalo chegou estava difícil se manter acordado, o que o blogueiro só conseguiu porque ainda adrenalinado pela vitória histórica de João Fonseca na terra de Zubeldia.
Aos 50, cochilei, mas acordei assustado com o narrador Henrique Guidi, no UOL Play, citando meu nome.
Era uma chamada para o Posse de Bola, nas segundas e sextas, às 9 da matina.
Ainda bem, porque pude ver o primeiro chute no gol, aos 55, de Richard Rios, defendido por Rafael.
Daí em diante a defesa tricolor começou a querer entregar o jogo e Flaco López quase fez 1 a 0 de cabeça.
Aos 61, Lucas Moura em campo, no lugar de André Silva.
No minuto seguinte, Arboleda estica, Mayke falha e Lucas só não abriu o placar porque Weverton fez ótima defesa.
Opa! Dá pra ficar acordado.
O empate mantinha o alviverde fora da zona de classificação, dois pontos atrás da Ponte, que visitará o São Paulo e receberá o Bragantino, depois de ter vacilado ontem e só empatado, em casa, com o Botinha.
Praticamente o Palmeiras deixava ao São Bernardo em primeiro lugar no grupo.
Cedric entrou, Igor Vinicius saiu.
Marcos Rocha, Moreno e Allan dentro e Mayke, Rios e Veiga fora.
Daí, aos 71, Gabriel fez milagre em cabeceio de Flaco.
Oscar em campo, aos 76, assim Marcos Antônio, nos lugares de Luciano e Alisson.
Quase 38 mil torcedores começavam a se impacientar porque o gol não saía e nem sequer ameaçava sair.
Gustavo Gómez saiu e o atacante Thalys entrou, na base do tudo ou nada.
À medida que o tempo passava o tetracampeonato inédito ficava mais complicado.
E uma lei da vantagem não obedecida levou os palmeirenses, com razão, à loucura, porque Marcos Rocha entrava livre para fazer o gol.
Se raiva matasse, pobre do assoprador.
A torcida vaiou ao final.
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