Neymar frustra os corações santistas
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Os 33ºC em Novo Horizonte não deveriam assustar quem passou os últimos anos na Arábia Saudita, onde o verão é contemplado com 50°C.
Acontece que lá os estádios são, em regra, climatizados, bem diferentes do Jorjão, cujo gramado, diga-se, parece perfeito.
Com capacidade para 12 mil torcedores, não cabia mais ninguém nas arquibancadas.
Neymar o pisou no estádio pela primeira vez e para tentar levar ao inédito triunfo santista em quatro jogos lá contra o Novorizontino.
Os anfitriões com melhor campanha começaram em ritmo acelerado e superiores aos visitantes.
Decorridos os primeiros 15 minutos a bola não chegava em Neymar.
Aos 16, Pituca poderia ter dado a ele o 1 a 0, mas preferiu chutar e chutou mal.
Pituca mostrou personalidade — e egoísmo.
Poderia ter se consagrado e dizer aos netos: "Eu dei o passe para Neymar marcar seu primeiro gol na volta ao Santos".
À medida que o jogo corria, o gol parecia mais próximo dos aurinegros, até de bicicleta bem neutralizada por Brazão, nome apropriado para o verão do interior paulista.
O 0 a 0 do primeiro tempo não animava para o segundo, embora alguém precisasse tirar ao menos um coelho da cartola.
Soteldo e Rincón não voltaram para o segundo tempo, trocados por Thaciano e Schmidt.
A exemplo do que se passa no São Paulo, o quarteto de atacantes não deu conta de conter o adversário.
Mas Neymar voltou!
E de cara o Novorizontino teve duas chances de gol em menos de três minutos.
Aos 49, a primeira falta mais dura em Neymar, que foi ao chão no meio de campo.
Pedro Caixinha tem um problema para resolver: Neymar, longe da área resolve pouco; perto, que deveria ser o lugar dele, a bola não chega nele.
Aos 58, Schmidt quase abriu o placar.
O jogo era ruim de doer, como têm sido os jogos neste início de temporada, com raras exceções.
Ao chegar aos 65 minutos, era indisfarçável a frustração com a atuação de Neymar, embora dele sempre se possa esperar um repente genial e seja visível a natural falta de ritmo de jogo.
Aos 68, Tiquinho Soares foi embora e Luca Meirelles chegou.
Neymar permanecia. Vontade não faltava.
O resultado era pior para o Santos que caia para terceiro lugar no Grupo B, atrás de Guarani e Portuguesa, embora só a um ponto do time campineiro e com os mesmos 9 pontos da Lusa.
Aos 74, Neymar deu lugar a Bontempo e Gil também saiu para Basso jogar.
Na quarta-feira o Santos irá a Itaquera para enfrentar o favorito Corinthians.
A vida é dura.
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