Garro volta com festa e Romero e Memphis garantem a vitória no fim
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O São Bernardo pisou no gramado de Itaquera, que hoje não estava impecável porque as pequenas áreas estavam bem feias, para fazer o que o levou a ter a segunda melhor campanha do Paulistinha: deixar a bola com o Corinthians e tentar surpreendê-lo num contra-ataque.
Conseguiu uma vez, aos 34 minutos, e Hugo evitou o gol.
O Corinthians, em compensação, em ótima atuação de Martínez pela ponta-direita, teve duas chances claras com Pedro Raul, uma mandada na trave e outra neutralizada pela zaga depois que o centroavante deu chapéu no goleiro.
André Ramalho, Cacá, Garro e Memphis estavam no banco, Talles Magno nos Estados Unidos de Trump cuidando de documentação, o time misto alvinegro rondava a área sem o suspenso Yuri Alberto — e o 0 a 0 perdurou até o intervalo.
A expectativa era que para o segundo tempo Garro já viesse para o jogo, mas não foi o que aconteceu.
E tome posse de bola alvinegra e contra-ataque aurinegro.
Insinuar o Corinthians insinuava, fazer o gol que é bom, nada, embora amadurecesse a cada minuto.
Camisa 8 às costas, Rodrigo Garro pisou no gramado de Itaquera pela primeira vez em 2025 aos 54 minutos, na disputa pelo primeiro lugar na classificação geral do campeonato.
Liderança que vale bastante na hora de decidir o título.
Alguns dão importância demasiada ao número na camisa, outros nem tanto.
Memphis Depay, por exemplo, dá, e exigiu o 10 na sua, por contrato. E a fraca direção corintiana aceitou, o que dá a medida de sua fragilidade.
Daí o argentino teve de entregar a camisa para o holandês.
Talvez ambos desconheçam o quanto as coisas são diferentes no Corinthians, onde a camisa 8 vale mais que a 10.
A 8 foi de Luizinho, o Pequeno Polegar.
Sobretudo foi de Basílio, o Pé de Anjo.
E foi do Doutor Sócrates.
Além de ter sido de Freddy Rincón, Paulinho e Renato Augusto, mais recentemente, neste Século 21.
Sim, a 10 vestiu Roberto Rivellino, o Reizinho do Parque, o Craque Neto e Carlitos Tévez, três monstros, como Memphis dificilmente será, porque Garro está à frente.
Mais de 42 mil fiéis aplaudiram de pé a entrada do argentino no lugar de Ryan.
E logo ele deixou Romero na cara do gol, mas o paraguaio errou o arremate.
Quando o jogo chegou aos 57 minutos eram dez escanteios para o Corinthians e nenhum para o São Bernardo que, então, teve dois a seu favor.
Aos 64, Memphis, ainda sem a 10, substituiu Pedro Raul.
Tudo permanecia inalterado.
Maycon, Hugo e Carrillo entraram nos lugares de Martínez, Coronado e Bidu, aos 75.
O São Bernardo estava feliz com o resultado, mas não deixava de incomodar.
O Corinthians não, nem podia.
Garro e Memphis começaram a combinar jogadas, mas, na hora agá, faltava o toque final.
Nenhum dos quatro grandes se dava bem na rodada, embora, ao menos, o Corinthians já garantisse sua classificação para as quartas de final e mantivesse a liderança geral.
Os seis minutos de acréscimos pareciam inúteis, porque a sensação era a de que os dois times poderiam jogar por mais dois dias e o gol não aconteceria.
Mas aconteceu.
Aos 94, Maycon lançou Memphis, ele se livrou do zagueiro, cruzou, a bola desviou e Romero, sempre ele, fez o gol da vitória justa para explodir Itaquera com seu maior artilheiro.
O Corinthians está com seu time bem resolvido, embora com fragilidade nas laterais.
Aos 98, bola esticada, tabela entre Memphis e Romero e gol do holandês: 2 a 0!
Ficou bonito.
"Aqui é Corinthians, porra!", disse Memphis em português castiço.
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