Uma noite com Amaury na quadra do Paulistano
Corria o ano de 1969 e o Corinthians esteve na quadra do Club Athletico Paulistano, no Jardim América, em São Paulo.
Em seu primeiro ano no time principal do anfitrião, o jovem de 19 anos via deslumbrado o quinteto alvinegro formado só por seus ídolos: Amaury, Wlamir, Ubiratan, Rosa Branca e Renê.
Se a memória não falha, o jogo acabou 135 a 60 para o Corinthians e, nos minutos em que o jovem esteve na quadra, ao jogar numa das alas, ora se via diante de Amaury, ora de Wlamir.
Wlamir nem esboçava marcação e agia como professor depois do arremesso frustrado: "Quebra o pulso mais alto", orientava.
Amaury, ao contrário, atemorizava: "Larga a bola, menino, sou o Amaury".
Passados alguns anos o jovem, que fez ali seu último jogo porque se deu conta de que não jogava o mesmo esporte praticado por aqueles craques, virou jornalista e sempre que lembrava, divertido, do episódio para Amaury, o gênio negava.
Mas como disse o técnico do Paulistano, após o jogo, ao ouvir o jovem se queixar do comportamento de Amaury e elogiar o de Wlamir, certo estava o Careca: "Amaury te tratou como adversário. Wlamir como aluno. Competição é competição".
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