A mais épica das conquistas do Botafogo!
Com o Monumental de Núñez em preto e branco como jamais havia acontecido, em 40 segundos, não mais, Gregore, o vigilante, segundo significa seu nome de origem grega, exagerou na vigilância e acertou o rosto de Fausto Vera e acabou vendo o vermelho, na cara do rival e no cartão mostrado pela arbitragem.
Como sói acontecer em mata-mata, acabava ali o favoritismo do Botafogo e o Atlético Mineiro, que talvez propusesse jogo reativo, tomou a iniciativa.
Tanto que quando o Botafogo fez sua primeira finalização, por cima, aos 16 minutos, Hulk já havia feito John trabalhar duas vezes.
É claro que a expulsão tão cedo prejudicou o andamento da finalíssima, uma pena, mas Gregore não deixou alternativa.
Aos 30, o argentino Battaglia recebeu cartão amarelo por falta em Igor Jesus.
Defesa contra ataque, Hulk não economizava arremates, num deles capaz de nocautear Barboza por mais de dois minutos.
Aí funcionou o melhor time, mesmo com um a menos.
Uma paciente troca de passes aos 35, culminou com chute de Luiz Henrique pela esquerda, rebote para Marlon Freitas que bate, a bola desvia em Almada e Junior Alonso para voltar no pé esquerdo de Luiz Henrique: 1 a 0!
Cinco minutos depois, pênalti em Luiz Henrique cometido por Everson e detectado pelo VAR. Chamado, o apitador decreta o óbvio: pênalti.
Alex Telles não perdoou: 2 a 0.
O Botafogo fazia história na terra dos campeões mundiais.
Para ser campeão é preciso passar por cima de tudo e o Glorioso passava com futebol e garra.
Aos 45, Lyanco recebeu cartão amarelado e o Galo passava a correr o risco de não terminar o jogo com 11.
Fausto Vera amarelado no minuto seguinte.
Artur Jorge teve a ousadia de não mexer no time e colhia os frutos.
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Quero receberAlex Telles também acabou amarelado antes do fim do primeiro tempo.
Sim, pegava fogo no estádio do River Plate.
Bernard, Mariano e Vargas dentro, Scarpa, Lyanco e Vera fora no segundo tempo.
E não é que com menos de dois minutos, Hulk bate escanteio e Vargas diminui de cabeça: 2 a 1.
Aos 52, quase Deyverson empata, de peixinho.
O Botafogo parecia mentalmente esgotado.
Só dava Galo, muito mais que no primeiro tempo.
Marçal e Danilo Barbosa, aos 57, para saídas de Savarino Alex Telles.
O coração batia na garganta até nas de quem não torcia para ninguém, embora todas as torcidas que querem ver seu time na pré-Libertadores torcessem pelos cariocas.
Hulk dava trabalho e John trabalhava.
De repente, o jogo amornou, como interessava ao Botafogo e chegou aos 70 minutos.
Esquentou de novo imediatamente porque não queria saber de tirar o pé.
Vargas já havia cumprido o seu papel, Mariano jogava muito e só Bernard não justificava sua entrada.
Aos 75, mais mudanças.
Alan Kardec no lugar de Deyverson e Júnior Santos e Matheus Martins nos lugares de Luiz Henrique e Almada.
Se havia alguéns que mereciam mais a taça eram Luiz Henrique e Hulk.
O Galo mantinha 80% de posse de bola e Mariano deu a prorrogação para Vargas mandar por cima, aos 86. Inacreditável!
O Botafogo mandava a bola para o mato e Vargas perdeu o empate de novo, aos 88. Duplamente inacreditável!!
Acréscimos de 7 minutos, número mágico na vida do Botafogo.
Número de Mané Garrincha, de Jairzinho, de Mauricio, Túlio, de Luiz Henrique.
Igor Jesus deu lugar para Allan.
E, no sétimo minuto, Júnior Santos recebeu a alma de Mané Garrincha e fez o 3 a 1, entortando a defesa pela direita, artilheiro da Libertadores!
O Botafogo ganhou o maior título de sua gloriosa história e está, definitivamente, de volta.
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