Flamengo é penta porque é melhor
Quando acabou o primeiro tempo no Terreirão do Galo teria sido possível dizer que a decisão da Copa Brasil produzia uma tarde perfeita de futebol, apesar do 0 a 0 que não traduzia as chances criadas, mais pelo Atlético que pelo o Flamengo.
Só não era perfeita devido às eternas confusões fora do estádio.
Aqui fala-se de política, mas evita-se falar de polícia.
Tratemos de Wesley, o lateral rubro-negro com diabo no corpo.
De Hulk, se impondo na força e no talento.
Ou do soberano Gerson.
De Éverson, providencial.
De Rossi, capaz de corrigir seu erro que poderia ter sido fatal.
E o assoprador de apito? Deveria ter mostrado o cartão vermelho para Lyanco ao evitar que Dom Arrascaeta chegasse na cara do gol?
Em nome da dúvida e do equilíbrio da decisão, a resposta aqui é não, não deveria.
Para o segundo tempo três mexidas: Bruno Henrique no lugar de Gabigol e Saravia e Alan Kardec nos lugares de Lyanco e Otávio.
O Galo ia para o tudo ou nada e o Mengo não desistia de fustigar.
Os dez primeiros minutos foram tão bons como os 47 anteriores e Éverson evitou que Bruno Henrique abrisse o marcador em lançamento de Rossi.
Aos 13, saiu Dom Arrascaeta para Fabrício Bruno jogar.
Filipe Luís surpreendia como fizera em Itaquera.
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E Éverson evitou outra vez o gol de Bruno Henrique, aos 17.
Aos 20, nos pés de Michael o goleiro impediu o gol rubro-negro.
Gabriel Milito abriu demais o time em busca da vitória e via a derrota se desenhar a cada descida carioca.
Aos 23, Alisson e Bernard nos lugares de Zaracho e Scarpa e Plata no de Michel.
O Flamengo tinha o clássico aos seus pés e a técnica e a tática prevaleciam sobre o coração.
Já se ouvia mais "Mengo" que "Galo".
Rubens no lugar de Arana, aos 31.
Quase 45 mil torcedores batiam o recorde do estádio que não gritaria é campeão pela primeira vez.
Éverson, o melhor em campo, também não deixou Alex Sandro marcar, viu Plata perder gol feito e, na resposta, faltar um pé na área pequena do Flamengo para Alan Kardec fazer 1 a 0 e, no contra-ataque puxado por Bruno Henrique, Plata recebeu, deu o drible da vaca em Saravia e cavou sobre o goleiro, um golaço aos 37.
Acabou o jogo e fechou o tempo, com torcedor fazendo o diabo a quatro, com bombas e invasão, nota zero para o estádio.
O jogo ficou paralisado por mais de cinco minutos e David Luiz entrou no lugar de Léo Pereira.
"Festa na favela", cantava a Nação em terreno hostil.
O placar agregado mostrava 4 a 1.
Reclamar do quê?
Ao Galo resta a Libertadores, o que não é pouco, é muitíssimo.
O Flamengo já está nela e recebe o Galo, pelo Brasileirão na quarta-feira. Que maldade!
Everson ainda interveio para impedir o 2 a 0 dos pés de Wesley, que merecia fazer o gol, aos 46.
Não fosse pelo goleiro e seria, no mínimo, 5 a 1.
Aos 49, bomba em Rossi, para interditar o Terreirão.
Em seguida Saravia foi expulso por impedir chance clara de Bruno Henrique.
David Luiz bateu a falta e Éverson fez sua sétima defesa.
O assoprador deveria ter terminado o jogo antes de esgotar os 11 minutos de acréscimos.
O Flamengo é pentacampeão e fim de papo!
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