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Reportagem

Botafogo faz Corinthians cair na real

Antes do oitavo minuto no Nilton Santos o goleiro Hugo Souza já havia feito três defesas, duas bem difíceis.

O Corinthians não conseguia trocar três passes e o Botafogo mostrava porque um time é o primeiro do G4 e o outro o primeiro do Z4.

No 120° clássico entre os dois, o Glorioso defendia a vantagem de 50 vitórias contra 43 derrotas.

Pelo Brasileirão havia equilíbrio: 70 jogos, 27 vitórias cariocas, 26 paulistas.

Um 18º empate seria muito bem-vindo para os corintianos.

No primeiro turno, em Itaquera, com 41 mil torcedores, gol de Júnior Santos deu a vitória ao Fogão por 1 a 0. O Nilton Santos recebeu 32 mil nesta noite.

Aos 22 minutos, a zaga corintiana bateu cabeças e Luiz Henrique viu Hugo fazer nova defesa difícil e, na sequência do lance, nova defesaça, em cabeçada de Igor Jesus, à queima-roupa.

Aos 30 minutos, o Botafogo havia finalizado 11 vezes, sete entre as traves, e o Corinthians uma, por cima do gol, em cabeçada de Romero.

Escanteios eram quatro, todos para os anfitriões.

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Até que, aos 39, Almada deixou Raniele órfão de pai e mãe, deu para Savarino deixar Luiz Henrique na cara do gol para fazer 1 a 0.

Era justo e era pouco.

Como futebol é futebol, no minuto seguinte, Marçal derrubou Matheuzinho na área e o pênalti foi marcado para Romero bater com um pulinho ridículo em câmara lenta e John defender sem maior dificuldade.

Por que não foi Rodrigo Garro que bateu? É tarde para perguntar.

Memphis Depay se estava vendo não deve ter entendido nada.

E assim terminou o primeiro tempo, com um susto que os botafoguenses não mereciam, mas com festa em Engenho de Dentro.

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Verdade que os corintianos também não mereciam que justamente Romero os decepcionasse.

Mas, na verdade, o jogo em si mostrava a real, a diferença abissal entre os dois times que nem o clima de Itaquera diminui.

Para o segundo tempo o Corinthians voltou com Bidon e Héctor Hernandez nos lugares de Caetano e Talles Magno e os dois times trocaram também os uniformes.

Estar perdendo parece ter feito bem aos paulistas que voltaram dispostos a atacar em vez de apenas de se defender como no primeiro tempo.

É claro que sobraria mais espaço para os cariocas exercerem seu futebol superior.

Aos 12 minutos, o assoprador de apito foi ao VAR para ver se Alexander Barboza havia feito pênalti em Raniele, depois de pressão corintiana e a penalidade foi marcada.

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Pênalti burro, mas pênalti.

Cinco minutos depois Rodrigo Garro bateu e John não defendeu pela segunda vez: 1 a 1.

E o argentino pegou a bola no fundo da rede em busca da virada.

O Botafogo teria de voltar a jogar, coisa que não fez até tomar o empate, e restava saber se o Corinthians voltaria a recuar ou manteria o que fazia até empatar.

No primeiro ataque mais bem organizado pelo Botafogo, o argentino Almada livrou-se do conterrâneo Garro, deu novo drible em Raniele, e finalizou com desvio em Martinez para fazer 2 a 1. Um golaço!

Mateo Ponte e Tiquinho entraram nos lugares de Vitinho e Luiz Henrique, que saiu fulo da vida.

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O que, também, obrigou o Corinthians a seguir jogando, para benefício do espetáculo e em nome da dignidade da tradição do clube.

O peruano Carrillo estreou, aos 28, no lugar de Raniele.

E o brasileiro Alex Telles também, no de Marçal.

O Corinthians ao menos incomodava e tentava, além de botar no jogo Pedro Raul e Igor Coronado, duas contratações inexplicáveis feitas pela atual gestão, nos lugares de Martinez e Romero.

E Danilo saiu para Tchê Tchê jogar, além de Allan no lugar de Savarino.

Perder para o Botafogo não é desonra para ninguém, o problema está em permanecer na Z4, com 5 vitórias apenas, 10 empates e 11 derrotas, 18º lugar.

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O segundo tempo não foi jogo de um time só.

O Botafogo segue absoluto, líder seguro em busca do segundo Brasileirão depois de 29 anos.

Ramón Díaz deu um encontrão no gandula, foi expulso de campo, e nem viu Igor Jesus quase fazer o 3 a 1.

André Ramalho levou o 3º cartão amarelo e não estará no jogo de seis pontos contra o Atlético Goianiense.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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