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Opinião

O Bahia é um rico metido

POR HUMBERTO MIRANDA*

São Paulo e Bahia tiveram o mesmo destino na Copa do Brasil, a desclassificação esperada.

No caso do Bahia, o time de Ceni parecia cumprir tabela. Um time sem maturidade, jogadores pouco ligados e efetivos.

A torcida do Bahia está morrendo de inveja da do Corinthians, pois viu um time vibrar e lutar o tempo inteiro.

O time do Bahia joga de salto sem ter conquistado nada.

A impressão é que os jogadores são do time de uma empresa e não de uma torcida apaixonada.

É nesse sentido que eu dizia que o Bahia acabou depois da SAF.

O Bahia mostrou total falta de preparo em três decisões, a do Baiano, a do Nordeste e a da Copa do Brasil.

É o time mais inefetivo da série A.

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Ontem não acertou o gol do Flamengo uma única vez e seus atacantes são despreparados para fazer gol, o que devia ser algo natural num bom time.

O recém contratado, por mais de 60 milhões, Luciano Rodriguez, parece um jovem jogador amador nas mãos de Ceni.

O time troca passes como ninguém, mas é improdutivo nas jogadas de ataque.

Aborta as transições para rodar a bola quando o jogo pede intensidade e velocidade, não tem cabeceadores, é ruim na bola parada tanto para defender quanto para cobrar faltas, improvisa jogadores que seriam mais efetivos na função deles, como Juba.

Ou seja, é um time mal treinado.

O problema, contudo, não foi a desclassificação em si, mas a forma como aconteceu.

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O fato de ter regredido muito em relação ao jogo anterior e escalar um time absolutamente previsível numa decisão que exigiria alguma demonstração de força e capacidade de competição.

Para a torcida, o Bahia ficou rico, metido, mas continua sendo uma decepção.

*Humberto Miranda é professor de Economia na UNICAMP.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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