Botafogo arranca empate espetacular na Vila Belmiro

Na Vila Belmiro fechada graças à estupidez de uma minoria de torcedores santistas, o Botafogo envolvia o Santos sem causar maiores riscos ao goleiro João Paulo.
Então, na metade do primeiro tempo, o estreante Jean Lucas fez belo lançamento para Marcos Leonardo fazer gol não menos bonito: 1 a 0.
O lançamento do volante santista revelou por que Palmeiras e Flamengo, que o revelou, o quiseram tanto, rejeitados pelo jogador então no francês Monaco, que queria porque queria jogar no Santos, por onde já havia passado e criado afeto.
Sem o zagueiro Cuesta, suspenso e, principalmente, sem o armador Eduardo, machucado, o líder tinha mais a bola, mas pouco fazia com sua posse.
Quando o intervalo chegou o treinador português Bruno Lage tinha um problemão pela frente para evitar a derrota carioca depois de seis vitórias consecutivas e sem sofrer gol.
Gol já havia tomado, tratava-se agora de, ao menos, empatar e impedir que o Santos aumentasse sua vantagem no histórico confronto direto entre ambos para 47 vitórias contra 38 e 31 empates.
Mais: não permitir que o Grêmio, com um jogo a menos, ficasse a potenciais sete pontos dele.
E teria de fazê-lo também sem Luís Henrique que se machucou no fim do primeiro tempo e foi trocado por Victor Sá, mas com Segovinha, que veio para o segundo no lugar de Júnior Santos.
E o Botafogo voltou outro, quase empatando logo aos 8 minutos, com João Paulo evitando em arremate de Victor Sá.
Oito minutos depois João Paulo se machucou em nova defesa e Vladimir o substituiu.
Paulo Turra estava no banco do Athletico Paranaense, na Arena da Baixada, na última derrota botafoguense. Agora, treinador do Santos, vencia de novo por 1 a 0, terceira vez em que os cariocas perdiam, sempre fora de casa.
Jean Lucas cansou, Luan Dias entrou, assim como Gabriel Inocêncio ocupou o lugar de Dodô.
Os minutos se arrastavam diante das arquibancadas desertas, ocupadas apenas virtualmente por santistas, gremistas, flamenguistas, palmeirenses etc, todos contra o líder, mas também por corintianos, goianos, baianos, os que disputam em baixo com o Santos.
E, aos 35, Marcos Leonardo, ao completar jogada exuberante de Lucas Lima, ampliou para 2 a 0 o precioso triunfo santista.
Mas quatro minutos depois, Tiquinho deu o ar de sua graça, marcou seu 11º gol no Brasileirão, e diminuiu para 2 a 1. Tinha jogo ainda.
E como!
Aos 42, em cobrança de escanteio por Marçal, que havia falhado no segundo gol santista, e começado o lance do gol botafoguense, Adryelson subiu no quinto andar e empatou 2 a 2, em reação sensacional.
Ninguém é líder por tanto tempo por acaso e o Botafogo não se entrega, com aplicação até comovente.
E havia tempo para mais, de qualquer lado, porque os acréscimos foram de 11 minutos.
Aos 50, Rodrigo Fernández evitou a virada em cabeçada de Carlos Alberto na linha fatal.
Os minutos finais foram todos do time da Estrela Solitária, com espírito de campeão mesmo quando não rende tudo de que é capaz.
E olhe que aos 54, Philipe Sampaio tirou tinta da trave santista em cabeceio livre.
O santista dirá que João Paulo evitaria o empate, o primeiro do líder, por sinal.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.