Reforços do Real Madrid aumentam concorrência e pressionam trio brasileiro
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Depois de sofrer com lesões nos últimos meses, o Real Madrid já anunciou três contratações estratégicas para a temporada 2024-25: o lateral-direito Trent Alexander-Arnold, o zagueiro Dean Huijsen e o meia-atacante Franco Mastantuono.
Os dois primeiros estão no elenco que estreia no Mundial de Clubes hoje, às 16h (horário de Brasília), contra o Al-Hilal. O trio chega com muita expectativa e espera-se que mude a hierarquia em posições importantes do elenco e pode afetar diretamente outro tridente: o dos brasileiros Éder Militão, Rodrygo e Endrick.
Na lateral-direita, a chegada de Alexander-Arnold significa, pela primeira vez em anos, uma concorrência forte para Dani Carvajal, capitão do time, que perdeu praticamente toda a temporada 2024-25 por causa de uma lesão.
Sem o lateral espanhol, o clube sofreu: Lucas Vázquez, muito mais ala e ponta do que lateral, teve de jogar na posição; o volante Federico Valverde e até o zagueiro Raúl Asencio foram improvisados no setor.
Acomodar Carvajal e Trent juntos no time titular será um desafio para Xabi Alonso, mas é possível: o inglês já jogou como volante pelo Liverpool e também pode atuar aberto pela direita na segunda linha. No Bayer Leverkusen, o treinador espanhol atuou mais de uma vez com laterais "dobrados", usando um deles para defender e outro para atacar.
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Concorrência para Militão
A chegada de Dean Huijsen cria uma concorrência direta para o centro da defesa, setor em que o Real Madrid mais sofreu nas últimas temporadas. O zagueiro — nascido na Holanda, mas criado na Espanha — foi contratado após ótima temporada no Bournemouth, que rendeu as primeiras convocações para a seleção de Luis de la Fuente.
Em alta, ele deve brigar por uma vaga no time titular, criando uma concorrência forte para Antonio Rudiger e Éder Militão. O brasileiro perdeu grande parte das duas últimas temporadas devido a graves lesões de joelho, mas é considerado um dos pilares defensivos da equipe. Ele já voltou aos treinos e deve se incorporar ao elenco após o Mundial de Clubes.
A equação tem, ainda, David Alaba — outro que perdeu longos períodos por lesões — e Raúl Asencio, que saiu do time B de forma emergencial e acabou ganhando espaço na equipe principal. A tendência é que o veterano austríaco saia do time. Ainda assim, restariam quatro zagueiros de alto nível para apenas duas vagas no time.

"Overbooking" no ataque
O último da lista a ser anunciado como reforço é o jovem argentino Franco Mastantuono, que disputa o Mundial de Clubes pelo River Plate. Meio-campista de características ofensivas, ele também atua aberto pela direita.
É nessa posição que ele entra no território de outros dois brasileiros: Rodrygo e Endrick.
O camisa 11 perdeu a reta final da temporada da Liga Espanhola e, segundo ele mesmo disse, sofreu com o desgaste físico e mental nos últimos meses. Essa situação acabou afastando o jogador da primeira lista de convocados de Carlo Ancelotti na seleção brasileira.
O futuro de Rodrygo ainda está indefinido: ele disputará o Mundial de Clubes com o Real Madrid, mas não está descartada uma saída — há interesse do Arsenal. Caso fique em Madri, ele passaria a ter Mastantuono como concorrente pela posição na direita, somando-se ao hispano-marroquino Brahim Diáz e ao turco Arda Guler.
Quem também pode perder minutos com a chegada de outro jogador ofensivo é Endrick. Depois de uma primeira temporada de adaptação, em que brilhou na Copa do Rei mas teve poucas chances na Liga Espanhola e na Champions, o atacante terá mais um concorrente na fila por oportunidades no time titular.
O entorno do jogador não contempla a possibilidade de um empréstimo, e a tendência é que ele continue em Madri. A falta de uma sequência maior de oportunidades no primeiro ano foi vista como normal e parte da adaptação ao futebol europeu. Para o segundo ano, há uma expectativa de que as chances de Endrick aumentem com Xabi Alonso no comando.
Meio-campo sem reforços
O único setor em que o clube não se moveu no mercado foi o meio-campo. Depois de perder Toni Kroos há um ano e de se despedir de Luka Modric ao final da temporada europeia (o croata ainda jogará no Mundial), havia uma expectativa de que a diretoria madridista fosse atrás de substitutos.
Só que, pelo menos por enquanto, a ideia é seguir em frente com as opções do elenco atual: Federico Valverde, Aurelién Tchouamení, Eduardo Camavinga, Dani Ceballos e Jude Bellingham.
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