Ex-Palmeiras começa Mundial pelo City de olho em arrancada rumo à Copa
O Manchester City estreia no Mundial de Clubes às 13h desta quarta-feira contra o Wydad Casablanca, de Marrocos. Enquanto os focos estarão voltados para o técnico Pep Guardiola, o atacante Erling Haaland e as novas contratações — Reijnders e Cherki —, um brasileiro trabalhará em silêncio, com um objetivo ousado.
Para o zagueiro Vitor Reis, ex-Palmeiras, o torneio nos Estados Unidos é visto como um trampolim para realizar um sonho que hoje parece quase impossível: voltar à América do Norte daqui a um ano, para jogar a Copa do Mundo.
Aos 19 anos, o defensor tem em seu plano de carreira chegar à seleção principal antes do Mundial de 2026. Na base, ele já construiu uma carreira sólida com a camisa amarela. O estafe do atleta confirmou o plano ao UOL.
O objetivo é visto como difícil, mas factível. Há o entendimento que ainda existe uma janela de oportunidade para que Reis entre nos planos de Carlo Ancelotti.
Muita gente, poucas vagas
O primeiro passo para chamar a atenção do novo treinador da seleção brasileira é encontrar um espaço na defesa do clube inglês. Nesse sentido, ter sido relacionado para o Mundial de Clubes já foi uma boa notícia.
Reis chegou à Inglaterra em janeiro deste ano e, nos primeiros meses, todo o planejamento foi para ele se adaptar ao país, ao clube e ao futebol europeu. Ele terminou a temporada com quatro partidas — três pelo time principal e uma pela equipe sub-21.
Apesar das poucas chances, o brasileiro convenceu a comissão técnica de Pep Guardiola. A tendência é que ele tenha novas oportunidades no Mundial de Clubes e, depois, na sequência da temporada europeia.
Os primeiros meses são apontados, pelo jogador e por pessoas próximas, como um potencial momento de virada: jogar bem no Manchester City poderia colocá-lo na pré-lista de Ancelotti na seleção. Reis já está no radar da CBF, que monitora os jogadores brasileiros nas maiores ligas da Europa.
Ainda assim, o caminho para a Copa do Mundo passa por dois grandes obstáculos: primeiro, superar a concorrência no próprio clube; depois, fazer o mesmo no concorrido setor defensivo da seleção.
A convocação do Manchester City para o Mundial mostra que há um "overbooking" de zagueiros: Ruben Dias, Josko Gvardiol, John Stones, Nathan Ake, Manuel Akanji e Adbukodir Khusanov são os concorrentes do brasileiro.
O fato de Guardiola usar alguns deles nas laterais — e até Stones como volante — pode reduzir a relação candidato/vaga; mas, ainda assim, a disputa é acirrada.
Na seleção, a briga também é boa: Marquinhos e Alexsandro foram titulares nas Eliminatórias, no início deste mês; Bremer, Gabriel Magalhães e Éder Militão, outros candidatos a vagas, estão machucados.
Léo Ortiz, do Flamengo, e Lucas Beraldo, do PSG, também estavam na primeira lista de Ancelotti. Nomes como Murillo, do Nottingham Forest, e Fabrício Bruno, do Cruzeiro, também estão sendo observados pela comissão técnica.
Para furar a fila e ser a cara da renovação na defesa da seleção brasileira na Copa do Mundo, Vitor Reis precisa de um ano perfeito. Uma jornada que começa nesta quarta-feira, no Mundial de Clubes.
Reportagem
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