Mundial bilionário paga o dobro da Copa e é mais rentável que Champions
Não é só o belo e inovador troféu do Mundial de Clubes que povoa os pensamentos das 32 equipes participantes do torneio, que começa neste sábado, nos Estados Unidos.
Para além da glória de conquistar a primeira edição com um formato estendido, há um gordo prêmio em dinheiro como motivação: a soma dos valores distribuídos a todas as equipes será de 1 bilhão de dólares — R$ 5,5 bilhões.
A quantia é a maior da história dos torneios da Fifa, superando com folga a Copa do Mundo, criada em 1930, carro-chefe da entidade. No Qatar, em 2022, o total de prêmios para as 32 seleções era de 440 milhões de dólares (na cotação de hoje, $ 2,4 bilhões). É menos da metade da grana que vai circular no torneio de clubes.
Há 3 anos, o título da Argentina rendeu à AFA, a confederação de futebol do país, cerca de 42 milhões de dólares. O vencedor do Mundial de Clubes levará para casa uma quantia aproximada de 125 milhões de dólares.
Os números podem variar de acordo com o prêmio de participação de cada clube e a quantidade de vitórias na primeira fase — cada uma valerá um prêmio de 2 milhões de dólares (R$ 11 milhões); o empate vale 1 milhão de dólares (R$ 5,5 milhões); uma vaga nas oitavas de final dará 7,5 milhões de dólares (R$ 41 milhões),
Mais rentável que a Champions League
A premiação recorde coloca o Mundial de Clubes no nível da Uefa Champions League. O torneio, disputado pelos principais clubes da Europa, é conhecido por ser o que mais dinheiro distribui entre os seus participantes.
A premiação total da Champions em 2025 foi de 2,4 bilhão de euros (cerca de R$ 15 bilhões). O campeão PSG ficou com cerca de 135 milhões de euros (R$ 850 milhões).
Em valores absolutos, a Champions League paga mais. Só que, na relação do dinheiro com o número de jogos e o tempo do torneio, o Mundial de Clubes vence de goleada.
O torneio que começa neste sábado nos EUA tem duração de 30 dias e os finalistas disputarão sete jogos cada um. Na Champions League, passam-se 257 dias — mais de oito meses — entre o primeiro jogo da Fase de Liga e a grande final. Para colocar a mão no prêmio, o PSG teve de jogar 17 vezes.
Na média, se o campeão do Mundial receber 125 milhões de dólares, cada partida terá rendido cerca de 18 milhões de dólares (R$ 98 milhões). Na Champions, a conta do PSG — R$ 850 milhões, 17 jogos — mostra que o time faturou cerca de R$ 50 milhões em prêmios para cada partida.
O Brasil tem quatro representantes na Copa do Mundo de Clubes: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras. Os paulistas serão os primeiros a entrar em campo, às 19h de domingo, contra o Porto, no MetLife Stadium, em Nova Jérsei.
Reportagem
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