Além de Neymar: quem ficou fora, mas ainda pode ganhar uma vaga na seleção
Ler resumo da notícia

A primeira convocação de Carlo Ancelotti à frente da seleção brasileira teve 23 jogadores, mas a imprensa, a torcida e o próprio treinador já têm uma lista paralela de quem poderia ter sido chamado.
Seja por lesão, por questões físicas, por opção técnica ou pelo pouco tempo de observação, é possível fazer uma "lista de espera" de jogadores que, a um ano da Copa, ainda podem ganhar oportunidades e ter seu espaço.
O número 1 da lista é Neymar. Ancelotti alegou que o camisa 10 do Santos não foi convocado porque não está em seu melhor nível, mas disse que conta com ele para o caminho até o mundial.

"O Brasil conta com ele. Ele voltou ao Brasil para jogar para se preparar bem para o Mundial. Eu falei com ele nesta manhã para explicar a ele isso e ele está totalmente de acordo", contou o italiano, em sua primeira entrevista coletiva.
Neymar à parte, vamos a outros nomes que não estão na primeira lista de Ancelotti — mas que podem estar nas seguintes.

Os machucados
No gol, Ederson, goleiro do Manchester City, é a grande ausência. Ele estava em campo no domingo, na vitória por 2 a 0 sobre o Fulham, mas o novo treinador da seleção o citou num grupo de jogadores que não foram chamados por causa de lesões. O clube inglês ainda não divulgou informações a respeito.
Ancelotti também falou de Rodrygo entre os machucados. O atacante ficou fora da reta final da temporada do Real Madrid — primeiro por um estado febril, depois por desgaste físico. O camisa 11 merengue é nome certo quando estiver 100% fisicamente.
Ainda entre os jogadores do Real Madrid, há dois outros "convocáveis" que podem aparecer nas próximas listas: Endrick, que estará oito semanas afastado por uma lesão no tendão da perna; e Éder Militão, que voltou a treinar esta semana, depois de uma ruptura de ligamentos do joelho.
Além de Militão, há dois zagueiros de primeira linha machucados: Gabriel Magalhães, titular do Arsenal, e Bremer, destaque na defesa da Juventus.
A turma dos machucados cresce com o volante Joelinton, do Newcastle. Outro jogador da Premier League que está longe dos gramados e tem história na seleção brasileira é Gabriel Jesus, do Arsenal — o atacante, porém, não é chamado desde a Copa de 2022.

Quem pode voltar
Além das lesões, o treinador italiano também mostrou-se atento às suspensões: o volante André, por exemplo, não foi convocado por estaria fora do duelo contra o Equador, por acúmulo de cartões amarelos. João Gomes, também do Wolverhampton, ficou fora da primeira lista de Ancelotti, mas, jogando na Premier League, estará sempre sob observação.
Ainda na Inglaterra, o atacante Evanílson, do Bournemouth, o ponta Savinho, do Manchester City, e o zagueiro Murillo, do Nottingham Forest, continuam no radar para futuras listas. Ambos foram convocados pela primeira vez por Dorival Júnior.
Caso encare um dos grandes problemas dos últimos treinadores — as laterais —, Ancelotti teria opções para testar, como Caio Henrique, lateral-esquerdo do Monaco, e Dodô, que joga pela direita na Fiorentina. Ambos já foram convocados anteriormente, mas não tiveram sequência. Abner, do Lyon, teve chances recentes e continua sendo observado.

Abrindo o leque
Em sua primeira lista, Ancelotti limitou-se a convocar atletas que atuam no Brasil (sete), em quatro países europeus — Inglaterra (sete), Espanha (três), França (três) e Itália (dois) —, além da Arábia Saudita (o goleiro Bento).
A tendência é que nos próximos meses, a comissão técnica observe jogadores em outros centros, o que abriria possibilidades para novos nomes.
Na Rússia, por exemplo, estão o atacante Luiz Henrique, ex-Botafogo, e o experiente lateral-esquerdo Douglas Santos, ambos do Zenit. A Holanda tem o ponta Igor Paixão, destaque do Feyenoord, e o polivalente Mauro Júnior, campeão com o PSV atuando como lateral, volante e meia.
Na Bundesliga alemã, as maiores chances são de Tuta, zagueiro — que também joga como lateral e volante — e ajudou o Eintracht Frankfurt a conquistar uma vaga na Champions League.
Um olhar mais atento à liga saudita poderia render oportunidades aos atacantes Malcom, candidato a melhor jogador do torneio, e Marcos Leonardo, ambos do Al-Hilal. Da MLS, o principal nome seria Evander, meio-campista, que é um dos destaques da temporada.
Voltando para a Espanha, mercado que Ancelotti conhece muito bem, há dois nomes que nunca foram convocados, mas estarão em boas vitrines até a Copa: Samuel Lino, lateral-ala-ponta do Atlético de Madrid, e o goleiro Luiz Júnior, que deve disputar a Champions League com o Villarreal.

E o Brasil?
Chegamos a 27 nomes — mais que uma convocação para a Copa do Mundo — e ainda faltam jogadores que atuam no futebol brasileiro. Esse será o maior desafio de Ancelotti: conhecer e avaliar os atletas que estão no país e mesclá-los com os que estão na Europa.
A primeira lista do italiano teve cinco jogadores do Flamengo, mas o atacante Pedro ficou fora; ele pode ter chances caso Carletto procure um outro perfil de centroavante. Ainda na posição de camisa 9, Yuri Alberto é outro que pode chamar a atenção; Igor Jesus, do Botafogo, que chegou a ser titular com Dorival Jr, é mais uma opção.
Na entrevista, o novo treinador exaltou a importância de jogadores experientes e disse que "não olha o passaporte (a idade) para convocar ninguém". Abriu a porta, assim, para nomes como o lateral Alex Telles (Botafogo), de 32 anos, e os meias Oscar (São Paulo), 33, e Alan Patrick (Internacional), 34, líder de assistências do Brasileirão.
Vários outros nomes que entraram em pré-listas recentemente têm sido "monitorados", segundo a CBF. Entre eles estão o goleiro Weverton (Palmeiras), o zagueiro Fabrício Bruno (Cruzeiro), o meia Rafael Veiga (Palmeiras) e o lateral-esquerdo Guilherme Arana (Atlético).
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.